Para celebrar a obra e o legado da escritora Clarice Lispector, o Instituto Moreira Sales traz a exposição 'Constelação Clarice', e mergulha no instigante universo da autora, promovendo um diálogo entre a produção literária de Clarice Lispector e obras de 26 artistas plásticas que atuaram entre as décadas de 1940 e 1970 e foram suas contemporâneas.
Nascida na Ucrânia em 1920, Clarice viveu no Brasil até sua morte, em 1977 e é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX. Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, a mostra reúne aproximadamente 300 itens, incluindo manuscritos, fotografias, cartas, discos e matérias de imprensa, entre outros documentos do acervo pessoal da autora e entrevistas exclusivas na íntegra que nunca foram divulgadas, somente em trechos curtos.
Na mostra gratuita, os fãs poderão acompanhar os trabalhos de Maria Martins, Mira Schendel, Fayga Ostrower, Lygia Clark, Letícia Parente, Djanira e Celeida Tostes, entre outras. Clarice também nutria grande interesse pelas artes visuais e na exposição, o público terá a oportunidade de ver um outro lado de Clarice.
Também é apresentado um núcleo documental, reunindo itens que pertenceram à escritora, como cartas, máquinas de escrever e fotografias dos álbuns de família. Destacam-se alguns quadros de sua coleção e o famoso retrato da autora assinado pelo artista Giorgio de Chirico, e as primeiras edições de seus livros, além da entrevista concedida por Clarice à TV Cultura, meses antes de sua morte, em 1977, chamada de 'A Última entrevista'. A maioria dos itens exibidos provém dos arquivos do IMS e da Fundação Casa de Rui Barbosa, além da coleção pessoal de seu filho, Paulo Gurgel Valente.
Constelação de Clarice
As obras expostas na mostra, só o universo literário de Clarice permite reunir, apresentando uma verdadeira teia de relações de cumplicidade e trabalho.
Com esse objetivo, a curadoria adotou o conceito de constelação, apresentados em 11 núcleos, mesclando esculturas, pinturas, desenhos, fotografias e vídeos. As obras das artistas estão sempre em diálogo com trechos de textos de Clarice, formando uma verdadeira teia de novos significados, como indicam os curadores Ferraz e Stigger.
Por meio da aproximação propiciada por Clarice, ganha lugar uma compreensão renovada e mais complexa daquele momento da arte brasileira. Por outro lado, a partir dessa constelação entre os trabalhos plásticos e a escrita, também a literatura de Clarice aparece sob nova ótica Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, Curadores da mostra
Vida e obra
Clarice nasceu em Tchechelnik, na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920 e estreou aos 22 anos com o premiado romance 'Perto do coração selvagem' (1943), que mereceu atenção da crítica. Além de romancista, a autora dos aclamados 'A paixão segundo G.H.' (1964) e 'A hora da estrela' (1977), sua obra inclui volumes de contos, livros para o público infantojuvenil e um extenso número de crônicas. Hoje, é amplamente traduzida e divulgada sendo colocada lado a lado pela crítica, com autores internacionalmente reconhecidos, como Virginia Woolf, Kafka e Katherine Mansfield.
Pelos corredores do IMS, esbarramos com a atriz Maria Flor, que é fã da escritora e estava aproveitando para dar uma volta com seu filho Vicente e explorar o mundo de Clarice.
"A exposição é linda, além dos trechos dos livros que são sempre inspiradores, a relação dela com as artistas mulheres é surpreendente. Descobrir a conexão da Clarice com as artes plásticas é algo que eu não sabia, e fiquei encantada. Tenho muitos livros da Clarice em casa e o meu preferido é 'Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres' e 'Água Viva'. Ela é uma das escritoras fundamentais para a nossa literatura, além de ser uma mulher muito interessante e é muito bom vê-la assim no meio da tarde (risos), e entrar de novo em contato com as obras dela", disse Maria.
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Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, a mostra reúne aproximadamente 300 itens, incluindo manuscritos, fotografias, cartas, discos e matérias de imprensa, entre outros documentos do acervo pessoal da autora -
Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, a mostra reúne aproximadamente 300 itens, incluindo manuscritos, fotografias, cartas, discos e matérias de imprensa, entre outros documentos do acervo pessoal da autora -
Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, a mostra reúne aproximadamente 300 itens, incluindo manuscritos, fotografias, cartas, discos e matérias de imprensa, entre outros documentos do acervo pessoal da autora -
Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, a mostra reúne aproximadamente 300 itens, incluindo manuscritos, fotografias, cartas, discos e matérias de imprensa, entre outros documentos do acervo pessoal da autora -
Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger, a mostra reúne aproximadamente 300 itens, incluindo manuscritos, fotografias, cartas, discos e matérias de imprensa, entre outros documentos do acervo pessoal da autora -
A atriz Maria Flor, que é fã da autora, estava prestigiando a exposição e atenta a todos os detalhes
Serviço:
21/5 a 9/10
Terça a sexta, das 12h às 18h. Sábado, domingo e feriados (exceto às segundas), das 10h às 18h.
IMS Rio - Rua Marquês de São Vicente, 476 - Gávea, Rio de Janeiro
Entrada gratuita
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