Adultos e crianças
Dose dupla! Guga Gallo garante fim de semana com risadas em Niterói
Apresentações teatrais acontecem entre 24 e 26 de outubro

O ator e diretor Guga Gallo está em contagem regressiva para um fim de semana duplo de apresentações na Sala Nelson Pereira dos Santos, no Reserva Cultural, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
É que ele volta ao palco nos dias 24 de outubro (sexta-feira), às 20h, e 25 de outubro (sábado), às 19h, com o espetáculo “Eu, Noel: o lado B do Natal”, seu primeiro monólogo – dirigido por Artur Marinho e produzido por Victor Vieira, após estrear no Theatro Municipal de Niterói, em agosto deste ano.
No mesmo fim de semana, Gallo também integra o elenco da peça infantil “A Bruxinha que Era Boa”, clássico texto de Maria Clara Machado, pela Cia Arte de Interpretar, também dirigido pelo próprio Guga, e que será apresentado sábado (25) e domingo (26), às 16h, no mesmo local. Os ingressos de ambos os espetáculos têm preços populares de R$ 25 e R$ 30.
O que eu espero é que o público se divirta e volte a valorizar o teatro. Não só as minhas peças, mas a arte de modo geral. Valorizar o ator, o produtor que monta cenário, que contrata elenco, que movimenta a economia, gera empregos. Isso é valorizar a classe artística
Por trás da barba branca
“Eu, Noel” marca uma virada na trajetória de Gallo: é um projeto pessoal que mistura humor, emoção e lembranças reais. Em cerca de 75 minutos, o ator convida o público a conhecer o homem por trás da barba branca, que fala de vida, de fé, de tropeços e de amor ao teatro.
“Eu saio da Bruxinha, onde faço o Bruxo e já entro no monólogo. E como o monólogo são histórias que aconteceram comigo, a gente pode até mudar alguma vírgula, mas o fato existiu”, explica.
Entre os episódios que ele revive no palco estão situações inusitadas, como o dia em que o Papai Noel foi assaltado e decidiu correr atrás do ladrão, ou a confusão com um remédio emagrecedor que virou piada até na família.
A encenação, em tom leve e íntimo, leva uma cenografia simples, recriando o clima natalino. Mas o diferencial, segundo Gallo, está na sinceridade da entrega.
"Sempre nos preocupamos em agradar o público: se é uma comédia, a pessoa tem que sair feliz; se é um drama, tem que se emocionar", pontua.

Ele conta como faz para não se embolar nos textos, principalmente com peças distintas em um único fim de semana:
"Quando é ficção ou quando é um texto biográfico que você precisa decorar, é diferente: você pode esquecer ou alterar. Mas o Papai Noel é muito solto, porque são fatos reais. Você pode até esquecer um detalhe ou outro, mas o começo, o meio e o fim permanecem iguais, porque são fatos verdadeiros", conta.
Bruxão chefe
Já em 'A Bruxinha Que Era Boa', Guga Gallo interpreta o Bruxão chefe. A peça conta a história da Ângela, uma bruxinha que sempre se atrapalha ao tentar fazer maldade, ao contrário das suas colegas, da Escola de Maldades. A Bruxinha boa, vive sendo alvo de piadas das colegas e sendo excluída.
Após tempos de estudos, chega o momento do grande teste das Bruxinhas com o Bruxão chefe, onde o prêmio para quem passar no teste é a sonhada vassourinha a jato. Mas quem não passar no exame, vai viver o resto da vida na torre do piche.

Porém, a Bruxinha Ângela encontra na floresta o menino Pedrinho, que mostra a ela que por não saber fazer maldade, pode ser na verdade uma fadinha. Tudo isso com muita confusão e magia.
Teatro para todos
Inspirado em mestres como Chico Anysio, Grande Otelo e Ankito, o ator afirma que mantém uma linha de comédia clássica, sem apelação. Gallo também faz questão de defender o acesso à cultura e o respeito ao público.

“A cultura é pra todo mundo. Sempre pensei assim. Nunca deixei ninguém de fora de um curso ou de uma peça porque não podia pagar. O teatro precisa ser acessível. Eu prefiro cobrar vinte reais e encher uma casa de quinhentas pessoas do que botar o ingresso a cento e vinte e ter dez na plateia. A preocupação não é o dinheiro, é o público ir, se divertir, criar o hábito de ir ao teatro.”
O ator, que comemora 50 anos de carreira em 2026, reflete sobre o significado do palco em sua vida:
“Estar num palco pra mim é estar vivo. É o meu oxigênio. Foi ali que encontrei meu sustento", pontua.
Serviço
A Sala Nelson Pereira dos Santos, no Reserva Cultural, fica na Avenida Visconde do Rio Branco, nº 880, Niterói. Os ingressos podem ser adquiridos clicando aqui.


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