De tatuagem no tororó à CPI do Sertanejo! "E eu pensando que estava só fazendo uma tatuagem no tororó". O comentário, irônico, de Anitta exemplifica a sensação de muita gente nessa polêmica.
Após fazer uma crítica à cantora, sobre sua tatuagem em um lugar inusitado e condenar a Lei Rouanet, o sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, fez com que abrisse uma discussão sobre os valores dos cachês cobrados pelos sertanejos e bancados por várias prefeituras. A polêmica virou algo mais sério e alguns eventos se tornaram alvo de investigações de Ministérios Públicos.
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Zé Neto e Cristiano se apresentaram no dia 12 de maio, em Sorriso, Mato Grosso. Durante o evento, o artista se gabou por não depender da Lei Rouanet, e sim do dinheiro do povo.
Somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet. Nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no 'toba' para mostrar se a gente está bem ou mal Zé Neto,
O comentário fez com que os seguidores da cantora saíssem em defesa dela. No meio de toda discussão, começou a ser questionado sobre os cachês cobrados pelos sertanejos.
Com a repercussão, veio à tona que o show realizado pela dupla, naquele evento, custou R$ 400 mil de verbas municipais. A maioria dos shows de prefeituras acontecem sem licitação, que serve para analisar as propostas para contratação de serviços.
Outro cantor sertanejo que não foi poupado foi o Gusttavo Lima, conhecido como Embaixador, sobre um show no menor município de Roraima, com 8 mil habitantes, que custaria R$ 800 mil aos cofres públicos. Diante da repercussão, Gusttavo teve uma apresentação em Minas Gerais cancelada, que teve cachê R$ 1,2 milhão.
O cantor se manifestou em uma live nesta segunda-feira (30), dizendo que nunca usou o dinheiro público de forma inapropriada e que não deixa de cobrar o valor necessário só porque é uma prefeitura. "Não é porque é uma prefeitura que eu vou deixar de cobrar o meu valor, eu tenho conta pra pagar, tenho funcionários para pagar".
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