Crime
Intérprete da Viradouro denuncia racismo religioso: 'Entristece'
Wander Pires lamentou os ataques
O cantor Wander Pires, intérprete dos sambas da Unidos do Viradouro, usou suas redes sociais na terça-feira (4) para denunciar que está sendo vítima de racismo religioso.
O artista revelou que as ofensas têm sido direcionadas a ele após a repercussão de vídeos em que canta pontos de Malunguinho, entidade afro-indígena que será homenageada no enredo da escola de samba em 2025.
Nos vídeos que viralizaram nas redes sociais, Wander Pires celebra Malunguinho, figura central nas tradições religiosas afro-brasileiras, dando sequência ao trabalho que a Viradouro vem desenvolvendo para seu próximo desfile no Carnaval. Contudo, a repercussão desses vídeos gerou comentários preconceituosos e ataques contra o cantor e sua religião.
Em seu desabafo, o intérprete da Viradouro compartilhou com seus seguidores um print de uma das mensagens que recebeu.
Estou sendo alvo de preconceito religioso após os vídeos cantando os pontos de Malunguinho repercurtir, esse é só um dos vários comentários que recebi, me entristece demais. pic.twitter.com/hMOiJfAvuw
— Wander Pires (@WanderPires_) February 5, 2025
O racismo religioso é considerado um crime no Brasil, estando previsto na legislação que equipara crimes de injúria racial a atos de racismo. A punição para quem cometer intolerância religiosa pode variar entre dois e cinco anos de reclusão, uma vez que o direito à liberdade de crença é garantido pela Constituição Brasileira.
A penalidade é a mesma estabelecida para o crime de racismo, quando a discriminação é direcionada a um grupo ou comunidade com base em sua raça ou cor. Em janeiro de 2023, a pena foi aumentada, passando de um intervalo de um a três anos de prisão.
Apesar da repercussão do caso, a Unidos do Viradouro, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não irá se manifestar sobre o ocorrido.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!