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Luiz Coronel irá lançar obra especial sobre poemas de Pablo Neruda

Imagem ilustrativa da imagem Luiz Coronel irá lançar obra especial sobre poemas de Pablo Neruda
Escritor possui mais de 70 publicações. Foto: Divulgação

O poeta, compositor, advogado e publicitário gaúcho Luiz Coronel, de 83 anos, que tem mais de 70 publicações, prepara-se para o lançamento de mais uma obra: "Pablo Neruda: um poeta maior do século XX", que traz a seleção de cerca de mil verbetes colhidos de toda a obra de Neruda - autor que completa, em 2021, 50 anos do recebimento do Prêmio Nobel de Literatura. O livro faz parte do projeto Coleção Dicionários, que chega a sua 17ª edição.

Com cerca de 300 páginas, o livro vai colocar em ordem alfabética verbetes retirados da extensa obra de Pablo Neruda, desde seus “20 poemas de amor e uma canção desesperada”, escrita aos 19 anos, até o período de mais alto prestígio popular do autor, jamais alcançado por outro poeta do século XX.

Ao intercalar trechos literários com fotos, o dicionário evidencia características de Neruda, entre elas seu majestoso compromisso com a natureza, o esplêndido canto ao amor e a desmedida solidariedade humana, colhida em uma vida itinerante, o que o tornou um verdadeiro testemunho de seu tempo.

O projeto Coleção Dicionários

A ideia do projeto 'Coleção' é dicionarizar obras de grandes nomes da literatura mundial, sendo uma a cada ano. Já foram editados autores como Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Érico Verissimo, Mario e Oswald de Andrade, Willian Shakespeare, Miguel de Cervantes, Fernando Pessoa, Dostoiéwski e Tolstói, entre outros.

Uma equipe de 61 profissionais - entre críticos, ensaístas, mestres e doutores universitários - percorre a obra completa dos autores dicionarizados, durante um ano, e seleciona cerca de mil verbetes para compor o dicionário. A produção serve de importante material de consulta, além de dar origem a recitais, em que atores e músicos interpretam as canções.

Candidato à ABL

Luiz Coronel é oficialmente candidato a uma das cadeiras em vacância na Academia Brasileira de Letras, especificamente da de número 39, que teve como último ocupante Marco Maciel, falecido em junho deste ano. Para a candidatura, Coronel, que é natural de Bagé (RS), enviou à ABL uma carta expressando seu desejo de concorrer à cadeira juntamente com exemplares de sua obra e narração de sua extensa biografia. A intenção é ser mais um representante do Rio Grande do Sul entre os imortais com acesso à casa de Machado de Assis. As eleições acontecem em novembro.

“Concorrer à Academia é uma honra que imprime um agradecimento aos integrantes da Casa de Machado de Assis, e, ao mesmo tempo, às majestosas manifestações de apoio recebidas”.

Luiz Coronel

Além de reconhecido letrista do regionalismo gaúcho, Coronel escreveu crônicas e livros de prosa. Entre suas principais publicações estão títulos como: Os cavalos do tempo, Concertos de cordas, Baile de máscaras, Pirâmide noturna, Mundaréu e Retirantes do Sul. Inspirado no modelo francês, editou nove livros-carta com os títulos Poemas de Natal, Pandemias, A Revolução Farroupilha, O Mar, Coração Farroupilha, Poesia Amorosa, Poesia Social, Viva Porto Alegre, Sua Majestade, o Livro.

Também se dedica ao projeto Coleção Dicionários, um dos mais consistentes projetos editoriais do Rio Grande do Sul, hoje em sua 17ª edição, que reverencia em verbetes grandes autores da literatura mundial - com 59 mil exemplares distribuídos para instituições culturais.

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais e Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Coronel carrega o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre e da cidade de Piratini. É Membro da Academia Riograndense de Letras desde 1999. Recebeu a Medalha Mérito Farroupilha (2009) e a Medalha Cidade de Porto Alegre (2010), contando também com o honroso título de Patrono da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre, em 2012.

O escritor já foi homenageado pela escola de samba União da Vila do IAPI com o samba-enredo “A Poesia Vem do Céu, Luiz Coronel, poeta da cidade” no carnaval de Porto Alegre, em 2004. Também participou da elaboração do desfile da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis com o samba-enredo “O vento corta as terras dos Pampas. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete povos na fé e na dor… Sete missões de amor”, no carnaval do Rio de Janeiro, em 2005.

Coronel também coleciona prêmios como: Prêmio Nacional de Poesia (Ministério da Cultura) pelo livro Mundaréu, em 1973; Calhandra de Ouro (Califórnia da Canção Nativa) pela canção Canto de Morte de Gaudêncio Sete Luas, em 1973; Prêmio AGES (Associação Gaúcha de Escritores) pelo livro O Gato Escarlate, em 2006; Prêmio Revista Plural (México) pelo livro Ave-Fauna, em 2009 e Prêmio Açorianos de Literatura (Secretaria de Cultura de Porto Alegre) pelo livro Venturinha, o amigo do vento, em 2017.

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