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    Gilberto Gil é eternizado na Academia Brasileira de Letras aos 79 anos

    Publicado 11/11/2021 às 18:49 | Atualizado em 12/11/2021 às 8:56 | Autor: Romulo Cunha
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    Imagem ilustrativa da imagem Gilberto Gil é eternizado na Academia Brasileira de Letras aos 79 anos
    Cantor recebeu 21 votos. Foto: Divulgação

    O cantor Gilberto Gil, de 79 anos, foi imortalizado, nesta quinta-feira (11), na Academia Brasileira de Letras (ABL), assumindo a cadeira número 20. A votação aconteceu nesta tarde e terminou com 21 votos favoráveis ao cantor.

    Gil competiu com o com o poeta Salgado Maranhão (7 votos) e com o autor Richard Daunt (nenhum voto). Participaram 34 acadêmicos, de forma presencial e virtual. Durante a votação, foram quatro votos em branco e dois nulos.

    O cantor agradeceu a conquista pelas redes sociais.

    https://twitter.com/gilbertogil/status/1458889071489650690

    Gil é apenas o segundo homem negro a ser membro da Academia Brasileira de Letras. O professor Domício Proença Filho, que foi o presidente da ABL entre 2016 e 2017, foi o primeiro.

    A cadeira 20 estava ocupada pelo acadêmico Murilo Melo FIlho, que faleceu em maio deste ano. Salvador de Mendonça, fundador da Academia, Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares são antecessores de Gil nesta cadeira.

    Carreira

    Gilberto Gil iniciou sua carreira no acordeon, ainda nos anos de 1950, inspirado por Luiz Gonzaga, pelo som do rádio e pela sonoridade do Nordeste. Com a ascensão da Bossa Nova, Gil passou a tocar violão e, em seguida, a guitarra elétrica, presente em sua obra até hoje. Em seu primeiro LP, Louvação, lançado em 1967, traduziu em música, de forma particular, elementos regionais, como nas canções LouvaçãoProcissãoRoda e Viramundo.

    Em 1963, iniciou com Caetano Veloso uma parceria e o movimento Tropicália, que acabou internacionalizando a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e a arte brasileira. O movimento gerou descontentamento do regime militar vigente à época, e os dois parceiros acabaram exilados. O exílio em Londres contribuiu para a influência do mundo pop na obra de Gil, que chegou a gravar um disco em Londres, com canções em português e inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil deu continuidade a uma rica produção fonográfica, que dura até os dias atuais. São ao todo quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com nove Grammy.

    Suas múltiplas atividades vêm sendo reconhecidas por várias nações, que já o nomearam, entre outros, Artista da Paz, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1999; embaixador da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO); além de condecorações e prêmios diversos, como a Légion d’ Honneur’ da França, a Sweden’s Polar Music Prize, entre outros.

    Com Agência Brasil

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