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Novo Centro Cultural exibe mostra histórica sobre D. Maria I

Construção é uma das mais antigas do país

Antigo Convento do Carmo deu lugar ao Centro Cultural da PGE-RJ
Antigo Convento do Carmo deu lugar ao Centro Cultural da PGE-RJ |  Foto: Divulgação
 

O antigo Convento do Carmo reabriu as portas nesta sexta-feira (27), depois de quatro anos, e foi transformado no Centro Cultural da Procuradoria Geral do Rio de Janeiro - PGE-RJ, com uma exposição de arte contemporânea e palestra da renomada historiadora Mary Del Priore. O evento apresenta a história da mais ilustre personagem que morou no local: a rainha de Portugal D. Maria I.

Considerada uma das mais antigas construções do país, o local, localizado na Praça XV, no Centro do Rio, cedido pelos monges carmelitas para servir de residência para D. Maria I, na vinda da Família Real para o Brasil. O espaço foi restaurado e a partir de agora, o espaço passa a abrigar exposições artísticas e uma mostra permanente relacionada à história do próprio convento.

Também foram transferidas para o Convento, as bibliotecas da Procuradoria, que incluem um acervo de livros de Direito e coleções de referência, como a biblioteca de Raymundo Faoro, renomado autor de “Os Donos do Poder”, que foi também Procurador do Estado, e a biblioteca de Octávio Tarquínio e Lucia Miguel Pereira, repleta de tesouros da literatura nacional.

No prédio do Centro Cultural, funcionarão ainda as salas de aula da pós-graduação em Advocacia Pública oferecida pela Escola da PGE-RJ, o Espaço Memória da Procuradoria, que relembrará os grandes nomes da Casa, e um bistrô.

A exposição 'Composição Carioca', é uma mostra coletiva de arte contemporânea em homenagem ao Rio de Janeiro e seus moradores, partindo do olhar de artistas que enxergam a cidade e seus habitantes como motivo para suas criações, reunindo obras de artistas brasileiros como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes e Vik Muniz, além de jovens talentos.

"A mostra fala de constituição e identidade e reúne a pluralidade de potências da Cidade do Rio de Janeiro, cuja riqueza emerge não apenas das suas belezas naturais, mas também das diferentes personas que nela habitam", disseCecília Fortes, curadora do Centro Cultural.

A abertura do Centro Cultural ao público, contou com uma palestra da historiadora Mary Del Priore sobre a rainha de Portugal D. Maria I, que morou no convento de 1808 até sua morte em 1816. O evento foi realizado no espaço que serviu de aposento à rainha de Portugal durante o período em que ela esteve no Rio de Janeiro.

Mary Del Priore, que é autora do livro 'D. Maria I: As Perdas e as Glórias da Rainha que Entrou para a História como a Louca', recontou a trajetória da mulher corajosa que foi traída pelo pai, e sofria uma profunda depressão pela perda do marido e vários familiares ao longo da vida.

"Ela foi tida como louca porque preencheu um papel que não seria admitido. Rainha, na época, era mulher do rei ou a segunda peça do xadrez. Ela foi uma rainha adorada por seu povo, ao ponto que, quando começou a ficar doente, as pessoas achavam que ela tinha sido envenenada", disse a escritora.

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