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O Esquadrão Suicida: um pedido de desculpas da DC nos cinemas

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Margot Robbie continua como Arlequina. Foto: Divulgação

Estreou, na última quinta-feira (5), o novo filme do Esquadrão Suicida, um reboot da equipe mais imprevisível, descarada e violenta dos quadrinhos, que traz tudo aquilo que o primeiro, e fracassado, filme de 2016 prometeu e não entregou.

Em volto de várias polêmicas, o primeiro filme do Esquadrão Suicida estreou há 5 anos com um excelente elenco, contando com Margot Robbie, como Arlequina, Viola Davis, na pele da poderosa Amanda Waller e Jared Leto, como Coringa, entre outros. Apesar do conjunto de atores e atrizes consagrados, o roteiro e a edição feita pela Warner afundou a produção completamente, se tornando uma das piores obras da DC Comics no cinema, superando até mesmo o desastroso Liga da Justiça de Joss Whedon, lançado em 2017.

Em 2021, parece que a Warner aprendeu com seus erros e decidiu dar uma segunda oportunidade às obras que mais sofreram com a intervenção da própria empresa, liberando a versão do Zack Snyder de Liga da Justiça, que conta com 4 horas de duração e a visão original de como o filme teria sido se Whedon não tivesse modificado cerca de 70% do roteiro. Além disso, acaba de lançar uma nova versão do Esquadrão Suicida, dirigida por James Gunn, responsável pelo sucesso Guardiões da Galáxia (2014) na Marvel, que substitui a fraquíssima obra de mesmo nome lançada em 2016, dirigida por David Ayer.

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O novo Esquadrão Suicida não é completamente inédito, pois trouxe de volta tudo que o primeiro filme acertou, mesmo sendo pouquíssimas coisas, como Margot Robbie, a Arlequina, e Viola Davis, atuando como Amanda Waller. Ambas repetem a fórmula bem-sucedida da antiga obra, com a diferença que a personagem de Margot está bem menos sexualizada, usando vestidos longos e calças compridas, ao invés de um micro short que fica molhado em 70% do filme, além de se mostrar completamente louca e imparável, do jeito que a personagem deve ser e a gente gosta.

Outro ponto extremamente positivo é o clima irreverente e descompromissado do filme, até mesmo nas cenas mais sangrentas, que são MUITAS, colocando piadas (para maiores) em toda a produção, e nos fazendo oscilar entre a admiração pelas cenas de ação muito bem feitas, com destaque à fuga da Arlequina, e a risada do humor esdruxulamente delicioso que vemos durante as 2 horas de duração da obra. Além disso, o filme traz aquilo que esperamos de uma produção com título "Esquadrão Suicida", que ninguém esteja a salvo e a qualquer momento, algum dos protagonistas possa ser morto esmagado, fatiado em dois ou com um tiro na testa.

Porém, o filme não é perfeito. Seu desenvolvimento se mostra um pouco lento e algumas informações são arremessadas no meio dele como um brinde para os fãs, que certas vezes não funcionam. Apesar disso, a nova produção supera em todos os aspectos o seu antecessor, mostrando como um diretor pode fazer um excelente trabalho quando não há intromissão da produtora.

Nos quadrinhos, assim como no filme, o Esquadrão Suicida é uma equipe de super-vilões, presos na cadeia de Belle Reve, que são escalados para missões extremamente secretas, as quais os heróis não podem fazer, já que envolvem meios escusos e encobrimento de informações do governo. Em troca dessas tarefas, se sobreviverem, os vilões têm a sua pena reduzida.

O Esquadrão Suicida está em cartaz nos cinemas e chegará no próximo mês gratuitamente no HBO Max, serviço de streaming da Warner.

Jonny Sales é aficionado pelo mundo nerd, que acompanha, debate e vivencia, seja numa roda de amigos, ou em suas redes sociais.

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