Entretenimento

Rua do Medo: trilogia surpreende e promete novas produções

Imagem ilustrativa da imagem Rua do Medo: trilogia surpreende e promete novas produções
Netflix disponibilizou em seu catálogo o último capítulo da trilogia Rua do Medo. Foto: Divulgação

Na última sexta-feira (16), a Netflix disponibilizou em seu catálogo o último capítulo da trilogia Rua do Medo, uma série de filmes em que cada um deles estreou numa sexta de julho, e fez muito sucesso entre os espectadores.

Com cada filme homenageando uma década do terror diferente, a trilogia funciona como uma história única e cíclica, com início, meio e fim, apresentando os elementos que fizeram sucesso em filmes de suas determinadas épocas.

As produções apresentam para as gerações mais novas um terror que está em falta nos cinemas, afinal o gênero slasher anda desaparecido desde o término dos anos 90, quando as produções se resumiram em aparições paranormais e objetos sendo arremessados na tela para dar sustos em quem assiste.

https://www.youtube.com/watch?v=_Gpo5rD_nfo
Trailer da Rua do Medo parte 3. Vídeo: Divulgação

A trilogia começa em 1994, na cidade de Shadysade, quando ocorre um massacre em um shopping, protagonizado por um adolescente fantasiado de caveira. Porém, o crime é apenas a ponta de algo muito maior: uma maldição envolvendo bruxas e pactos que aconteceram há décadas atrás na cidade. A primeira parte da produção traz uma trilha sonora frenética, repleta de sucessos da década de 90, além de uma identidade visual única, que nos faz relembrar o tempo todo de grandes sucessos como Pânico e Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado. Apesar de ter a classificação indicativa de 18 anos, o único elemento verdadeiramente pesado no filme são as mortes extremamente plásticas, no mesmo nível de Premonição, de resto, a produção serve para introduzir o espectador ao universo que virá a seguir.

No filme seguinte, ambientado em 1978, temos o tradicional acampamento de férias, que contará uma série de assassinatos ocorridos anos atrás na mesma cidade do primeiro longa. Dessa vez, a produção foca em destrinchar a história dos adultos presentes no primeiro filme, revelando segredos e explicando as atitudes que tiveram com a volta de um massacre à cidade. Rua do Medo: 1978 homenageia clássicos como Sexta-Feira 13 e Halloween, com um assassino mascarado e praticamente impossível de ser morto, além de todo o estereótipo das vítimas, porém com uma boa reviravolta no seu final. A produção se firma sendo o melhor momento da trilogia, servindo como ponte entre o primeiro e o último.

Já no terceiro e último filme da franquia relâmpago (já que os três foram lançados apenas em um mês), temos um desfecho perfeito para a história, primeiro voltando para 1666, em que temos o mesmo elenco dos filmes anteriores reencarnando nos personagens da idade média e revelando todos os segredos em volta da maldição da bruxa. O filme ainda conta com uma segunda parte, focando mais na ação e transportando os espectadores de volta para 1994, nos presenteando com uma ótima conclusão.

Os filmes são inspirados nos livros de terror de R.L. Stine, que contam com mais de 50 volumes. Com essa grande quantidade de histórias, a diretora da trilogia, Leigh Janiak, já afirmou que sonha em fazer um "Universo Cinematográfico Marvel de Terror", com histórias de terror que se comuniquem entre si e os tradicionais crossovers de assassinos, o que seria uma ótima pedida, já que os filmes estão no TOP 10 do serviço de streaming.

Por fim, a trilogia Rua do Medo é uma ótima pedida para os fãs de filmes de terror que estavam órfãos do gênero slasher e cansados de filmes que mais investem em sustos do que contar uma boa história.

A trilogia completa já está disponível na Netflix.

Jonny Sales é aficionado pelo mundo nerd, que acompanha, debate e vivencia, seja numa roda de amigos, ou em suas redes sociais.

< Sandra Annenberg e Ernesto Paglia comemoram os 18 anos da filha Após mortes de lideranças, PM lista principais alvos em São Gonçalo <