Shows do cantor Gusttavo Lima e da dupla Bruno e Marrone foram cancelados na 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos. As apresentações eram previstas para ocorrer entre os dias 17 e 23 de junho.
O anúncio foi feito neste sábado (28) pelo prefeito de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, José Fernando Aparecido de Oliveira. Ele citou uma 'guerra político-partidária' como justificativa para a interrupção dos contratos.
Gusttavo Lima receberia o cachê de R$ 1,2 milhão. Já a dupla Bruno e Marrone cobrou R$ 520 mil.
"Infelizmente essa festa foi envolvida em uma guerra político-partidária que não tem nada a ver conosco, com essa festa e muito menos com o que essa cavalgada representa, que é uma renovação de fé, esperança e amor", frisou.
Além do valor exorbitante, o contrato do 'Embaixador' previa que a prefeitura pagasse a hospedagem de 40 pessoas da equipe do cantor. O município também ficaria responsável com os gastos diários de alimentação, fixados em R$ 4 mil. Além de transporte do local para o artista e toda equipe.
"A administração não permitirá o envolvimento da Prefeitura em questões que não representam o município e nem as festividades da cavalgada que é a celebração, sobretudo, do amor entre as pessoas e não o ódio que estão tentando disseminar. A festa também é importante para a economia do município e de toda região e será mantida, preservando a paz", disse.
Por meio de nota, o município pontou que os processos licitatórios para a contratação de Gusttavo Lima e os outros artistas "foram realizados dentro da legalidade".
"Eventos que tragam melhoria na vida da comunidade e ou investimento para o desenvolvimento econômico da cidade, são gastos advindos do turismo, para atrair turista fazendo assim que a cidade receba de volta o investimento", disse.
Com o evento, a prefeitura espera receber mais de R$ 21 milhões.
A polêmica sobre cachês pagos por prefeituras começou quando o sertanejo Zé Neto criticou a Lei Rouanet em um show bancado com verba municipal. Ataques feitos à cantora Anitta potencializaram os olhares sobre a questão.
Não é a primeira vez que Gusttavo Lima aparece em polêmica envolvendo contrato com recursos públicos. Inclusive, ele é alvo de investigação do Ministério Público de Roraima (MPRR).
É que a Prefeitura de São Luiz contratou o cantor por R$ 800 mil para uma apresentação em dezembro deste ano. O município tem cerca de 8 mil habitantes, sendo o menor do estado. Na última quinta-feira (26), o astro do sertanejo disse que "não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas".
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