Esportes
À sombra da Libertadores, Sul-Americana também pode ter final brasileira
Todos os olhos estão voltados para a Libertadores. Ou quase todos. Isto porque, à sombra da maior competição continental, existem dois clubes brasileiros com boas chances de disputar a 'segunda prateleira' do futebol sul-americano.
Red Bull Bragantino e Athletico-PR estão nas semifinais da competição, um em cada chave. Caso eliminem Libertad-PAR e Peñarol-URU, respectivamente, os dois decidirão o torneio e garantirão mais uma taça para o Brasil - em uma competição ainda pouco explorada pelos clubes canarinhos.
A partir da atual temporada, a Sul-Americana mudou seu formato de disputa - espelhando-se na Libertadores. Agora também com fase de grupos, a intenção é roubar um pouco do charme da 'irmã' mais importante. Até 2020, a disputa era apenas mata-mata, similar à Copa do Brasil.
Red Bull Bragantino
O Red Bull Bragantino é quem está mais perto de alcançar a decisão. Nesta quarta (22), o Massa Bruta recebeu o Libertad e venceu por 2 a 0, gols de Artur e Ytalo. A equipe paulista ainda chegou a marcar o terceiro, aos 48 do segundo tempo, com Luan Cândido, mas o VAR anulou pois a bola encostou no árbitro no início da jogada.
O Braga vai ao Paraguai com boa vantagem. Caso empate ou até perca por um gol de diferença, a equipe está na final. Os comandados do técnico Maurício Barbieri também podem perder por dois gols de diferença, desde que marquem também.
O jogo de volta acontece já na próxima quarta-feira (29), no Defensores del Chaco, em Assunção. Com o triunfo no Estádio Nabi Abi Chedid, o clube de Bragança Paulista nunca esteve tão perto de dar o primeiro grande retorno ao forte projeto de investimento realizado pela Red Bull.
Athlético-PR
Do outro lado da chave, o Furacão segue forte como nas últimas temporadas. Sempre competitivo no Campeonato Brasileiro, é nos torneios de mata-mata que vem tirando suas principais conquistas recentes. O clube venceu a Copa do Brasil em 2019 e a própria Sul-Americana em 2018.
O Athletico começa, nesta quinta-feira (23), a disputa pela vaga na grande final. Visitando o tradicional Peñarol no Estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu, a meta é buscar pelo menos um empate para poder decidir em casa, na próxima quinta (30), na Arena da Baixada.
Embora em baixa nos últimos anos, o Peñarol teve trajetória um pouco mais complicada que o CAP. Na fase de grupos, deixou para trás Corinthians, River Plate-URU e Sport Huancayo. No mata-mata, passou pelo rival Nacional-URU e pelo Sporting Cristal. Já o Athlético teve um grupo tranquilo com Melgar, Aucas e Metropolitanos. Nos confrontos eliminatórios, tirou América de Cali e LDU.
Grande final
Pela primeira vez na historia, o mesmo estádio receberá as finais da Libertadores e da Sul-Americana na mesma temporada. O Centenário sediará as grandes decisões nos dias 27 e 20 de novembro, respectivamente. Pesaram a favor do Uruguai o bom avanço nos índices de vacinação e também as medidas preventivas durante o lockdown. Além disso, a federação relembrou a Copa do Mundo de 1930.
"A boa situação de saúde projetada para novembro no Uruguai, país que planeja vacinar um alto percentual de sua população em julho, foi decisiva para a escolha em um ano excepcionalmente condicionado pela pandemia. Além disso, as finais únicas servirão como uma espécie de relançamento do Estádio Centenário, no marco da candidatura sul-americana para a Copa do Mundo de 2030. Com efeito, a Federação Uruguaia de Futebol traçou um plano de investimentos em seu principal recinto esportivo, com a meta de chegar a 2030 com uma renovação radical", disse a Conmebol através de nota oficial ainda em maio.
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