Botafogo mira cinco novos alvos e quer dar 'chapéu' no Flamengo

As especulações aumentam no Botafogo ao passo que se aproxima a segunda janela de transferências do futebol brasileiro, já em julho. Nos últimos dias, pelo menos cinco nomes ganharam força nos bastidores do Alvinegro - além do atacante Luís Henrique, que virou pivô de uma disputa com o rival Flamengo.

Quando assumiu, o investidor americano John Textor afirmou que a primeira janela seria para reparos emergenciais no elenco, prevendo um gasto maior nesta segunda etapa. Ainda assim, o proprietário gastou cerca de R$ 65 milhões na montagem do grupo atual de jogadores.

Até então, cinco nomes foram veiculados na imprensa. São eles os volantes Júnior Urso e Paulinho, os meias Carlos Eduardo e Matheus Pereira e o atacante Martín Ojeda. As negociações vivem momentos diferentes - e o clube também reúne esforços por Luís Henrique, revelado nas categorias de base.

Júnior Urso

Mais experiente entre os nomes especulados, o volante de 33 anos já defendeu Corinthians e Atlético-MG no Brasil. Atualmente, defende o Orlando City (EUA) desde 2020 e vive os últimos seis meses do contrato atual. A equipe americana, no entanto, demonstra interesse de renovar o vínculo.

O jogador segue o perfil de outros nomes especulados para a posição: experiência e poder de marcação. Neste padrão, foram sondados também Lucas Leiva, que trocou a Lazio (ITA) pelo Grêmio; Luiz Gustavo, que defende o Fenerbahçe (TUR); e Fransergio, que pertence ao Bordeaux (FRA).

Carlos Eduardo

O meia de 32 anos defende atualmente o Al-Ahli (EAU), onde tem mais um ano de vínculo. Ele foi eleito bola de bronze (terceiro melhor jogador) do Mundial de Clubes de 2019, quando enfrentou o Flamengo. Ele está fora do Brasil desde 2010 e já defendeu Estoril (POR), Porto (POR), Nice (FRA) e Al-Hilal (EAU).

O Alvinegro tem um complicador na negociação, já que o Al-Ahli não pretende liberar o jogador e pode cobrar a multa rescisória. Com Carlos Eduardo, as conversas estão adiantadas - com um contrato de dois a três anos. O clube ainda busca um meio termo nos salários, já que o jogador pede cerca de R$ 1 milhão por mês.

Matheus Pereira

Aos 26 anos, o jogador é versátil e pode atuar como meia ou pelas pontas. Ele é o nome mais distante do acerto, já que tem relevância na Europa após fazer duas boas temporadas pelo West Bromwich (ING). Atualmente, defende o A-Hilal (EAU). Ele sequer chegou a atuar profissionalmente no Brasil.

O Alvinegro fez uma proposta inicial - prontamente recusada pelos árabes, que gastaram cerca de 18 milhões de euros para contratá-lo em 2021. Ao longo da carreira, ele defendeu o Sporting (POR) por cinco anos, além de Chaves (POR) e Nuremberg (ALE). 

Martín Ojeda

Seguindo o perfil de jovens promessas com alto potencial de revenda no futuro, o Botafogo busca a contratação do jovem de 23 anos com uma proposta de cinco milhões de dólares (cerca de R$ 27 milhões). Ele atua como ponta e defende atualmente o Godoy Cruz (ARG).

Ojeda vem se destacando no futebol local e já é observado por clubes dos grandes centros. Além do Godoy, defendeu também Racing (ARG) e Huracán (ARG). Na atual temporada, soma sete gols e sete assistências em 21 partidas disputadas.

Paulinho

Atuando como meia-central e com facilidade de encostar na área ofensiva, o jogador de 25 anos defende o Al-Shabab (EAU) - que fará jogo duro para liberá-lo, já que é considerado um dos principais nomes do elenco. Revelado pelo Fluminense, ele passou por Sporting B (POR) e Boavista (POR). 

O Botafogo sinalizou com uma proposta de 1,5 milhão de dólares ( cerca de R$ 8,1 milhões) por um contrato de três anos e meio. A tendência é que a primeira investida seja recusada, mas o Alvinegro planeja subir os valores para contratá-lo em definitivo.

Luís Henrique

A principal novela do futebol brasileiro atualmente envolve o atacante de 20 anos revelado nas categorias de base em General Severiano. O Flamengo esteve perto do acerto, mas recuou diante das exigências do Olympique de Marselha (FRA). A partir daí, o Botafogo entrou no circuito.

O Rubro-Negro não aceitou a cláusula de obrigação de compra ao fim do empréstimo - algo que não seria problema para o Botafogo, disposto a pagar oito milhões de euros (cerca de R$ 45,5 milhões). O Alvinegro pode, então, avançar no negócio e aplicar um 'chapéu' no rival.