A diretoria do Ceará reagiu mal ao pedido feito pelo atacante Fred, do Fluminense, no último domingo (3). Com ingressos esgotados para a torcida tricolor, com cerca de 56 mil bilhetes vendidos, o experiente centroavante solicitou nas redes sociais que o Vozão abra mão de sua carga por direito.
Para Veridiano Pinheiro, diretor de operações do Ceará, o pedido é inaceitável.
"O Ceará não vai abrir mão da própria torcida, ninguém faz isso e causa uma indisposição com a própria torcida. Pelo regulamento, temos 10% do ingresso, fizemos um alinhamento com o Fluminense", afirmou em entrevista ao Diário do Nordeste.
No entanto, Veridiano não foi enfático ao descartar uma negociação por parte do espaço.
"Vamos acompanhar as vendas e olhar demanda da nossa torcida, perceber quanto ingressos serão vendidos", disse.
Em caso de baixa procura, é possível que a logística da partida remaneje os torcedores cearenses para camarotes no Mário Filho - como já foi feito em outras oportunidades de casa cheia, liberando mais entradas para quem ficou de fora.
O Tricolor também tenta conseguir mais lugares por outros caminhos. Membros da diretoria carioca têm reunião decisiva, ainda nesta terça-feira (5), com o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (BEPE), para discutir a segurança da partida. É possível que seja liberada uma carga extra.
Cerca de 1500 ingressos foram solicitados pelo Ceará. Amparado pelo Regulamento Geral de Competições, o Vozão não divulgou parcial de vendas. Pelo Flu, além dos 56 mil vendidos apenas para sócios, sem chegar a abrir para o público geral, esgotaram-se também as gratuidades.
Fluminense e Ceará se encaram no sábado (9), às 19h, no Maracanã, pela 16ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O jogo marca a despedida do atacante Fred, que se aposenta aos 38 anos. Ele marcou 199 gols pelo time das Laranjeiras em 381 partidas.
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