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Copa do Brasil: Quatro finalistas exemplificam o torneio mais democrático do país

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Apenas quatro sobreviventes na luta pelo título da Copa do Brasil. Foto: Divulgação/CBF

Chegamos nas semifinais da Copa do Brasil. A competição mais democrática do país percorreu todo o árduo e longo caminho de norte a sul e chegou em sua penúltima fase com quatro sobreviventes - cada um à sua maneira.

Flamengo, Atlético-MG, Fortaleza e Athletico-PR. Dois representantes do sudeste, um do sul e outro do nordeste. Historias bem diferentes que afunilaram juntas e, agora, buscam o mesmo objetivo: o importante e valioso título nacional de mata-mata.

Athletico-PR

O Furacão pode ser considerado o time mais peculiar do país. Primeiro a adotar o gramado sintético e único a não fazer parte do pacote de transmissão da Série A, o Athletico se fechou para crescer. Ao mudar seu nome e sua identidade visual, a equipe paranaense se diferenciou bem mais do que apenas um "h" no nome.

É um clube com personalidade, às vezes polêmico, às vezes com ar soberbo, mas que cresce mais a cada ano, tornando-se competitivo à moda própria. Estrutura excelente, trabalho intenso e ótimo desenvolvimento das categorias de base são seus pilares. Estilo de jogo bem definido.

Com um presidente que conhece a casa desde 1995, foi um dos primeiros a tratar o clube como empresa, cortando gastos desnecessários, aumentando investimentos e alcançando lucros e êxitos financeiros e técnicos. Hoje, pode ser considerado time grande no Brasil. E vem por mais.

Fortaleza

O Leão é o futebol em sua essência. Um clube emergente que vem buscando na paixão pelo jogo bem jogado o seu crescimento. Depois de Rogério Ceni, Juan Pablo Vojvoda é quem nos encanta com um time aguerrido, dedicado e muito bem organizado. Investindo no coletivo, o argentino fez aflorar o individual de cada atleta.

Equipe tradicional no Brasil, o Fortaleza vem se firmando na Série A e começa a engatinhar em competições internacionais. Campeão da Série B em 2018 e da Copa do Nordeste em 2019, o Tricolor vem com fome para buscar seu primeiro título de expressão a nível nacional.

De todas as formas de jogo sobreviventes na Copa, a do Fortal é certamente a mais poética. Com um jogo voluntarioso, plástico e competitivo, deixou gigantes para trás, fez historia e não pode ser chamado de zebra em hipótese alguma. Até porque, o Leão do Pici não tem medo de ninguém.

Atlético-MG

O Galo é time de camisa pesada. Como vários gigantes do país, vinha fraquejando diante da crise financeira. No entanto, em uma reviravolta bancada por investidores fanáticos, o Alvinegro montou uma seleção em seu elenco - e agora precisa compensar toda a grana gasta em uma aposta de alto risco.

Afinal, embora seja resolvido exclusivamente dentro de campo, o futebol vem sofrendo cada vez mais influência do dinheiro. E, com o cofre cheio, apesar das dívidas, o Atlético reuniu nomes como Hulk, Diego Costa, Nacho Fernández, Guga, Arana, Junior Alonso, Eduardo Vargas, Zaracho, Savarino, Nathan, Allan, entre outros.

Para comandar essa galera, a escolha por Cuca foi perfeita. Ninguém conhece a glória melhor do que ele na Cidade do Galo. Com a conquista da Libertadores de 2013 ainda viva na alma e no coração, agora ele busca o bicampeonato na Copa do Brasil. O resultado a curto prazo, além de uma necessidade, também é uma obsessão.

Flamengo

O Urubu é o sobrevivente. Multicampeão em 2019, a equipe segue se reiventando para manter-se no topo do Brasil. E com sucesso, já que venceu o Brasileirão em 2020 e, neste ano, segue vivo em todas as frentes. Um time que se paga, faz valer o constante investimento e desponta como grande potência brasileira no cenário atual.

Como vinho, o Rubro-Negro melhora a cada dia, a cada mês, a cada ano que passa. Após a absurda passagem do Mister Jorge Jesus e a curta porém vitoriosa passagem de Rogério Ceni, é a vez de Renato Gaúcho ter o melhor início de um treinador na Gávea com resultados espetaculares.

Uma máquina de levantar taças. Foram 12 títulos em dois anos. Para o Flamengo, não está em jogo apenas o título da Copa do Brasil; mas, também, a possibilidade de levantá-la junto do Brasileirão e da Libertadores, superando o insuperável - realizado há dois anos.

As semifinais

Os rubro-negros se enfrentam de um lado enquanto o tricolor encara o alvinegro. Independente das cores, é difícil dar um palpite. A lógica aponta para uma decisão entre Flamengo e Atlético-MG - não só na Copa do Brasil, mas também nas outras duas principais frentes. Mas quem tem coragem de descartar Fortaleza e Athletico-PR?

A única certeza é de que veremos quatro grandes jogos, com duelos táticos interessantes e cada clube tentando eternizar as historias que contamos aqui. Embora sejam quatro trajetórias incríveis, apenas uma delas ficará com a nossa orelhudinha e, não menos importante, a premiação de R$ 56 milhões.

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