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Olha a zebra! Em campo alagado, Botafogo perde para o Petrolina na Copinha

Imagem ilustrativa da imagem Olha a zebra! Em campo alagado, Botafogo perde para o Petrolina na Copinha
|  Foto: Foto: Fábio de Paula/BFR
Gramado castigado pela chuva atrapalhou o desenvolvimento do jogo. Foto: Fábio de Paula/BFR

Com o gramado do Joaquinzão em péssimas condições devido às fortes chuvas em Taubaté, o Botafogo perdeu para o Petrolina por 1 a 0 nesta quinta-feira (6), pela segunda rodada da fase de grupos da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

O primeiro lance perigoso aconteceu logo aos 3 minutos. A zaga do Petrolina deu bobeira dentro da área, Maranhão roubou a posse, foi ao fundo e tentou cruzar para o centroavante Gabriel Tigrão - mas acabou mandando forte demais. No segundo pau, o atacante Jonnatha também não conseguiu alcançar.

Logo depois veio a zebra. Aos 5 minutos, em sua primeira subida ao campo de ataque, foi o Petrolina quem abriu o placar. Em cobrança de escanteio, João Carlos mandou no primeiro pau e o camisa 10, Popó, se antecipou à zaga para cabecear cruzado com categoria no ângulo esquerdo do goleiro Lucas Barreto.

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Protagonista natural do confronto, o Botafogo não conseguia aplicar seu jogo de toque de bola diante das inúmeras poças. Os garotos alvinegros, então, passavam a tentar na bola longa e nos chuveirinhos lançados à área. O volante Kawan, com Covid-19, e o lateral-direito Wendell Lessa, com problema muscular, destaques da estreia, não foram a campo.

O time carioca ensaiou uma pressão, quase sempre em bolas paradas, mas o lance de mais perigo foi aos 17. Kauê tabelou com Raí pela direita e recebeu dentro da área, mas foi bloqueado pela defesa. No rebote, Raí soltou a bomba na direção do gol - mas o próprio Kauê, sem querer, acabou bloqueando a finalização.

O Petrolina abusava da cera. Aos 30 minutos, pelo menos quatro paralisações para atendimentos a jogadores já haviam sido realizadas. Os jogadores do Botafogo reclamavam muito com o árbitro - que apenas sinalizava que acrescentaria o tempo ao final.

Quem também demonstrava muita irritação era o técnico do Botafogo, Ricardo Resende. Insatisfeito com a atuação da sua equipe, ele tentava mudar as peças de lugar dentro de campo para dar mais efetividade ao Alvinegro. Jogando abertos, o meia Maranhão e o atacante Jonnatha eram os mais cobrados pelo professor.

A Fera Sertaneja quase ampliou o placar aos 38 após bobeada da zaga carioca. No contra-ataque, Lucianderson disparou pela esquerda e lançou em profundidade para Kinho. A bola estava ao alcance do zagueiro Reydson, que acabou furando ao tentar cortar e deixou o adversário livre - mas o goleiro Lucas Barreto saiu para fazer a defesa cara a cara.

O Alvinegro respondeu e chegou perto do empate com o meia Raí. Ele recebeu na entrada da área e soltou a bomba, obrigando o goleiro Weverton a fazer boa defesa e espalmar para escanteio aos 41. Foi uma das poucas ocasiões em que o Botafogo arriscou uma finalização de média distância.

Apesar da posse de bola ter sido bem maior para o time carioca, o Petrolina não teve muitas dificuldades para neutralizar os principais avanços do adversário durante todo o primeiro tempo - e era bem mais perigoso nas raras oportunidades em que buscava os contra-ataques.

Segundo tempo

O panorama do primeiro tempo se repetiu pelos primeiros 15 minutos da etapa complementar. O Botafogo tinha mais a bola, mas não conseguia ser eficiente na criação de jogadas - enquanto o Petrolina concentrava suas forças na defesa e buscava encaixar contra-ataques para tentar matar o jogo.

Aos 15 minutos, em cobrança de falta da intermediária, Jonnatha assustou o goleiro Weverton ao tirar tinta da trave direita em cobrança colocada. Na sequência, aos 19, muita polêmica. Em bola viva dentro da área, todo o time alvinegro foi para cima do árbitro pedindo um toque de mão no corte para escanteio. Nada marcado.

O Alvinegro teve uma chance incrível e confuso para empatar aos 33, mas desperdiçou. Em bate-rebate na área, Marquinhos acertou a trave e a bola parou na poça dentro da pequena área. Pelo menos três jogadores tentaram finalizar para o gol, mas a posse terminou nas mãos do goleiro Weverton.

Aos 42, mais uma bola perigosa para os cariocas. Raí cobrou falta lateral na área e Gabriel Tigrão subiu mais que toda a defesa, mas acabou cabeceando por cima do travessão. A poucos minutos do fim, o desespero já batia nos alvinegros - enquanto o Petrolina isolava todas em direção ao campo de ataque.

O Botafogo emendou uma sequência de bolas na área, mas não conseguiu finalizar na direção do gol. Com todo o time dentro da própria área, o Petrolina armou um verdadeiro ferrolho para segurar a inesperada vitória até o apito final.

No último lance da partida, aos 50 minutos, em mais uma bola parada cobrada pelo meia Raí, Gabriel Tigrão ganhou dos defensores no alto e cabeceou forte. A bola explodiu no travessão, no que foi a última grande chance do Alvinegro na partida.

Com o resultado, o Grupo 14 vai embolado para a última rodada. O Taubaté é o líder com quatro pontos; Botafogo e Petrolina estão empatados com três, com vantagem para o Alvinegro pelo saldo de gols; em último, mas ainda com chances, a Aparecidense tem um.

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