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Presidente do Fluminense revela possível valor para venda da SAF

Mário Bittencourt foi ousado na pedida inicial para investidores

Mário Bittencourt esteve no evento "Tricolor em Toda Terra" realizado em Fortaleza
Mário Bittencourt esteve no evento "Tricolor em Toda Terra" realizado em Fortaleza |  Foto: Lucas Merçon/FFC
 

Depois de ver os rivais Botafogo e Vasco aderirem ao projeto de clube-empresa, o Fluminense parece ser o próximo carioca a se transformar em Sociedade Anônima de Futebol - a cada vez mais popular SAF. Ao menos foi o que indicou o presidente do clube, Mário Bittencourt.

Durante evento realizado neste domingo, (22) em Fortaleza, o mandatário tricolor comentou sobre vários temas. Um deles foi a negociação junto ao banco de investimentos BTG Pactual. As conversas caminham para a possível venda do futebol do clube para investidores externos, como John Textor e 777 Partners.

"Existe a questão da SAF, de um estudo sobre, no futuro, o Fluminense poder ou não, dever ou não, se transformar numa SAF seja ela com o investidor tendo o controle ou não. Por exemplo, o Athletico-PR defende a instituição de uma SAF, mas com o clube tendo o controle. O Bahia, possivelmente, fechando com o Grupo City também será. O que ouvimos de principal do banco BTG em uma primeira conversa foi que não há sentido em fazer nenhuma mudança nesse momento se não houver uma liga no futuro", confessou.

No entanto, Mário tem um pensamento ambicioso quanto a valores. Tendo como base, o Botafogo recebeu aporte inicial de R$ 400 milhões e o Vasco negocia algo em torno de R$ 600 milhões - valores considerados baixos pelo dirigente.

"O Fluminense, só nos últimos cinco ou seis anos, vendeu algo em torno de R$ 650 milhões em jogadores. A nossa diferença para os outros é que temos uma base formadora muito boa e conseguimos, obviamente, nos manter de pé. O estudo do BTG faz um valuation do Fluminense e a gente acredita que só Xerém vale algo em torno de R$ 1 bilhão. O estudo não está pronto, mas o Fluminense não vale menos de R$ 2 bilhões na nossa cabeça", afirma.

A quantia bilionária, caso confirmada, seria o valor mais alto investido em clubes brasileiros. Em termos de comparação, o presidente do City Football Group, grupo dono do Manchester City, Khaldoon Al Mubarak, pagou um valor inicial de 210 milhões de libras (cerca R$ 1,2 bilhão na conversão atual) em 2008.

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