Tristeza

Amiga de palmeirense morta relata últimos momentos: 'Se divertindo'

Gabriela Anelli, de 23 anos, foi atingida por estilhaços

O corpo de Gabriela está sendo velado na manhã desta terça
O corpo de Gabriela está sendo velado na manhã desta terça |  Foto: Reprodução
 

Rafaela, amiga de Gabriela Anelli, de 23 anos, morta durante uma briga entre torcidas do Palmeiras e Flamengo no último sábado (8), disse em entrevista ao Encontro nesta terça-feira (11) que a jovem estava se divertindo momentos antes da tragédia.

"Eu, ela e o Iuri, a gente era o nosso trio, a gente era irmãos. Naquele dia, eu ia um pouco mais tarde, ela acabou indo um pouco mais cedo e os dois ficaram mandando vídeos pra mim, se divertindo", contou.

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Segundo Rafaela, a confusão aconteceu em um setor do Allianz Parque em que só famílias costumavam frequentar. 

"Eu tinha subido diretamente pro Allianz Parque. A briga foi do outro lado do estádio, na praça Padre Antônio Tomaz, aquele setor é setor de família, só gente que tem dinheiro vai pra aquele setor e também para o setor visitante. Então o policiamento sempre foi rígido, só que naquele momento não teve", relembra.

A jovem conta ainda que tudo foi muito rápido, logo em que viu a polícia soube que Gabriela estava ferida. Ela estava indo encontrar os dois amigos quando Iuri avisou que a jovem havia sido atingida.

"Eu fiquei sabendo porque alguns amigos pegaram e desceram para ficar com a gente, houve uma correria de alguns amigos meus, que chegaram pra gente e falaram: 'A Anelli foi atingida'", lamenta. 

O corpo de Gabriela está sendo velado na manhã desta terça, em Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. A cerimônia tem previsão de encerramento às 13h.

Torcedor preso

Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo de 26 anos, suspeito de ter ligação com a morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras, teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça nesta segunda-feira (10). O homem é acusado de ter arremessado uma garrafa que atingiu a torcedora e feriu outra vítima.

Santiago não possui antecedentes criminais e trabalha há cinco anos com carteira assinada em uma empresa de engenharia e construção em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele teria relatado à polícia que lançou pedras de gelo, e não uma garrafa de vidro, durante a confusão.

Durante seu depoimento, Santiago informou que estava na Rua Padre Antônio Tomaz, junto com outros torcedores do Flamengo, quando, de acordo com ele, torcedores do Palmeiras começaram a lançar rojões em direção à torcida rival, que revidou.

"O interrogado informa que em suas mãos tinha algumas pedras de gelo, as quais chegou a usar para revide, mas essas eram muito pequenas e sequer atingiram a barreira", diz documento da Polícia Civil de São Paulo 

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