Reajuste
Após mobilização dos entregadores de app, aumenta o valor da taxa mínima
Categoria conquistou também melhorias na cobertura de seguro

Um mês após a mobilização dos entregadores por aplicativo, o iFood informou nesta terça-feira (29) que vai aumentar a taxa mínima paga por entrega a partir do dia 1º de junho. Quem faz entregas de moto ou carro vai passar a receber pelo menos R$ 7,50 por pedido contra os atuais R$ 5,31, enquanto quem usa bicicleta receberá no mínimo R$ 7 (atualmente R$ 6,50). Os entregadores pediam uma taxa mínima de R$ 10.
As mudanças também incluem melhorias na cobertura do seguro oferecido pela plataforma. A Diária por Incapacidade Temporária (DIT), paga quando o entregador se afasta por motivo de saúde, vai subir de sete para 30 dias.
“A indenização mínima será de R$ 300 e a máxima, de R$ 1.500”, explicou Johnny Borges, diretor de impacto social do iFood ao "G1". “Essa indenização é baseada na média do ganho dele nos últimos três meses. Se o entregador fez três corridas e a média dele deu R$ 100, o mínimo pago a ele vai ser de R$ 300. Agora, se for um entregador frequente na plataforma, vai ganhar R$ 1,5 mil, que é o teto”, completou.
Também houve aumento no valor pago em caso de morte ou invalidez total, que passou de R$ 100 mil para R$ 120 mil. Segundo o iFood, a nova indenização vale para acidentes registrados a partir de dezembro de 2024. Outros benefícios incluem reembolso médico, auxílio-funeral e apoio para educação dos filhos até os 18 anos.
Mesmo com o anúncio, entregadores afirmam que o aumento está abaixo do esperado. Eles reivindicam R$ 10 por corrida de até 4 km, valor de R$ 2,50 por quilômetro rodado, e limite de 3 km para entregas feitas por bicicleta. Também pedem fim dos bloqueios injustificados e criação de locais de apoio para descanso.
Desde 2021, quando começamos a definição da taxa mínima a R$ 5,31, até 2025, com esse aumento para R$ 7,50, temos um aumento acumulado de 41,2% na taxa dos entregadores
O valor pago por quilômetro rodado, que está em R$ 1,50, não será reajustado neste momento. “Foi fruto de diálogo com a categoria no primeiro fórum que realizamos”, afirmou ainda o diretor.
Sobre a diferença entre os aumentos para moto/carros e bicicletas, Borges disse que a decisão leva em conta os custos mais altos com combustível e manutenção de veículos motorizados.
“O entregador de bicicleta faz muitas rotas curtas, de até 4 quilômetros, que contemplam a taxa mínima”, afirmou. Ele também comentou que reduzir o limite de distância para 3 km poderia diminuir a oferta de pedidos.
O iFood garantiu ainda que os novos valores não vão impactar os preços cobrados de clientes e restaurantes. A ideia é manter o equilíbrio do sistema sem prejudicar o volume de pedidos ou a renda dos entregadores.
Nenhum custo com o acréscimo do ganho dos entregadores vai ser repassado a clientes ou a restaurantes e lojas — tanto para entregas de farmácia quanto de delivery de alimentos


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