O jogador holandês Steven van de Velde, condenado pelo estupro de uma menina britânica de 12 anos, garantiu vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, que começam em 26 de julho.
Van de Velde foi condenado em março de 2016 a quatro anos de prisão após admitir três acusações de violência sexual contra uma criança que conheceu no Facebook. Ele viajou da Holanda para o Reino Unido em agosto de 2014, aos 19 anos, para se encontrar com a vítima. Após o crime, ele retornou à Holanda no mesmo dia.
"Antes de vir para este país, você treinava como um potencial atleta olímpico. Suas esperanças de representar seu país agora são um sonho desfeito", disse o juiz Francis Sheridan durante o julgamento. "Ela era uma criança de 12 anos, e você tinha plena consciência do seu ato", acrescentou o magistrado.
O crime ocorreu na casa da menina em Milton Keynes, na Inglaterra, enquanto a mãe dela não estava. Van de Velde foi ligado ao crime após a menor buscar uma clínica de controle de natalidade em busca da pílula do dia seguinte, pois eles haviam feito sexo sem proteção e ele recomendou o uso do medicamento.
Van de Velde foi libertado após cumprir apenas 12 meses de prisão na Holanda. Ao sair, ele afirmou não ser um "monstro sexual" e que as pessoas deveriam conhecer seu lado da história. Desde então, ele foi autorizado a reabilitar sua carreira olímpica.
No torneio de vôlei de praia em Paris, Van de Velde, agora com 29 anos, fará dupla com Matthew Immers. Eles ocupam a 11ª posição do ranking mundial.
A participação de Van de Velde nas Olimpíadas apresenta um dilema moral para o Comitê Olímpico Internacional (COI). Todos os atletas olímpicos em Paris são obrigados a assinar uma Declaração de Direitos e Responsabilidades dos Atletas, que inclui a exigência de "atuar como um modelo".
Na Vila Olímpica, Van de Velde conviverá com milhares de atletas de todo o mundo, incluindo menores, o que gerou fortes protestos.
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