Após oito meses da partida de Gal Costa, a causa da morte da cantora foi revelada. A certidão de óbito aponta que ela faleceu em casa, devido a um infarto agudo do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, e uma neoplasia maligna de cabeça e pescoço. A informação foi confirmada em uma reportagem da Record TV.
Gal estava se recuperando de uma cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita.
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A divulgação da causa da morte era aguardada por muitos fãs após uma reportagem da revista "Piauí" que abordou a relação entre Gal Costa e sua então companheira, Wilma Petrillo, envolvendo acusações de golpes e assédio a funcionários.
Assinada pelo repórter Thallys Braga, a reportagem detalha uma série de golpes atribuídos a Wilma, incluindo casos de lesão a contratantes de shows, amigos e até mesmo à própria Gal, que faleceu em novembro de 2022.
Além disso, também são mencionadas acusações de assédio por parte de funcionários. Após a repercussão da notícia, alguns internautas questionaram por que Gal permaneceu ao lado de Petrillo por tantos anos. O produtor Marcus Preto, por meio de sua conta no Instagram, defendeu a cantora.
"Entendi isso na última semana: quase ninguém faz ideia dos mecanismos perversos de uma relação abusiva. A vítima é sempre culpabilizada. E aparecem duas perguntas: 'Mas se sicrano era tão terrível assim, por que fulano não botava ele para correr?'. 'Mas a família não fez nada para ajudar? Nem os amigos?'. É preciso que as pessoas saibam (ou se lembrem) do que acontece de fato: Fulano não CONSEGUE botar ninguém para correr. Até porque ele nem sabe que está em uma relação abusiva. Por mais que tentem, nem os amigos e nem a família têm força para tirá-lo dali", destacou o produtor em sua postagem.
A reportagem também traz algumas das acusações feitas contra Wilma Petrillo, que começou a se relacionar com Gal na primeira metade dos anos 1990.
Acusações
Um funcionário afirma ter presenciado um momento de violência entre Wilma e Gal, no apartamento da cantora, na Alameda Itu, em São Paulo, em 2015. Diante de uma série de dívidas que não cessavam, Gal questionou o tipo de empresária que Wilma era. Em resposta, Wilma argumentou que a cantora estava "velha" e não despertava mais o interesse de ninguém, desencadeando assim uma acalorada discussão entre elas.
O ator Diogo Vilela teria sido uma das vítimas de um golpe supostamente perpetrado pela viúva de Gal Costa. Embora não deseje "falar absolutamente nada sobre essa senhora", Diogo foi prejudicado em uma transação imobiliária. Devido à amizade de Wilma com pessoas próximas, o ator acreditou que acordos legais não seriam necessários, confiando apenas em pactos verbais que, infelizmente, não foram honrados.
De acordo com relatos da médium Halu Gamashi, Wilma Petrillo, supostamente, proferia comentários preconceituosos sobre o peso de Gal Costa. Halu testemunhou um episódio em que a empresária questionou se a cantora não sentia vergonha de sua suposta "gordura", comparando-a de forma desdenhosa com outra cantora, Nana Caymmi. Surpreendentemente, Gal não reagia às provocações, conforme relatado por Halu.
Durante uma entrevista, o repórter teve a oportunidade de conversar com Ney Matogrosso. Segundo Ney, em um encontro no aeroporto, Gal questionou se ele não gostava mais dela. A razão por trás dessa curiosidade estava no fato de ela tê-lo convidado duas vezes para dirigir um show, sendo que Ney sempre havia recusado. No entanto, Ney afirmou que isso era uma mentira. Ele recebeu apenas um convite e solicitou o disco para compreender o projeto, mas nunca o recebeu. Posteriormente, apenas recebeu uma ligação de Wilma, informando que não haveria tempo suficiente para ele participar do projeto.
No escritório da Baraka Produções em São Paulo, há diversos relatos de assédio atribuídos a Wilma, que é sócia da empresa. Segundo testemunhos, ela costumava trabalhar sem camisa da cintura para cima em dias quentes, mesmo na presença de outras pessoas na sala. Além disso, era comum que ela se dirigisse aos funcionários com termos ofensivos, como "imbecil" e "burra". Também havia um controle rígido sobre o uso do banheiro por parte dela.
Com o objetivo de manter Gal Costa em evidência no cenário musical, o produtor Marcos Preto elaborou uma estratégia que envolvia o contato da cantora baiana com novos talentos da música nacional. Essa proposta foi concretizada no álbum "A pele do futuro", lançado pela gravadora Biscoito Fino em 2018. Em uma das faixas, intitulada "Cuidando de longe", Gal dividia os vocais com Marília Mendonça. No entanto, de acordo com relatos de Preto, Wilma expressou sua insatisfação, questionando o motivo de terem escolhido "aquela caipira".
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