Corpos dos bilionários do submarino alimentarão fauna marinha

A implosão do submarino Titan durante uma expedição para ver os destroços do Titanic, que culminou na morte dos cinco passageiros, não foi sentida por eles, segundo especialista. Os restos mortais provavelmente serão ingerido por peixes, tubarões, crustáceos e vermes.

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O ex-diretor de medicina submarina e saúde de radiação da Marinha dos Estados Unidos, Dale Molé, explicou ao Daily News que as mortes provavelmente foram instantâneas e indolores. A estrutura do submarino não teria conseguido suportar a pressão externa, que é extremamente alta na profundidade em que ele estava.

"Teria sido tão de repente, que eles nem saberiam que havia um problema ou o que aconteceu com eles. É como estar aqui um minuto, e então o interruptor é desligado. Você está vivo em um milissegundo e no próximo milissegundo você está morto", disse o especialista ao jornal britânico.

Paulo Yukio Gomes Sumida, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), disse ao g1 que, provavelmente, o que sobrou dos restos mortais será ingerido por peixes, tubarões, crustáceos e vermes

"É uma questão da biologia das águas profundas. Longe da superfície, sem a luz necessária para a fotossíntese, os organismos enfrentam privação de alimento. O que cai ali é consumido muito rapidamente", explicou o especialista.

"As partes moles devem desaparecer em poucas semanas. Os ossos, por terem uma matriz cálcica, levam mais tempo para serem devorados pelos organismos — talvez um ou dois anos", estima.

Caso

O submarino desapareceu no último domingo (18) e transportava turistas e pesquisadores para ver os restos do Titanic, que naufragou em 1912. Na quinta-feira (22), destroços do submersível foram encontrados perto de onde estão os restos do Titanic.

Os cinco tripulantes eram: o ex-comandante da Marinha francesa Paul-Henry Nargeolet; o bilionário britânico Hamish Harding; o explorador Paul-Henri Nargeolet; o paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman Dawood.