![A operação, denominada 'Incúria', deriva da denúncia apresentada nesta semana ao Supremo Tribunal Federal](https://cdn.enfoco.com.br/img/inline/90000/1210x720/Cupula-da-PM-em-Brasilia-e-alvo-de-operacao0009861700202308180941-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.enfoco.com.br%2Fimg%2Finline%2F90000%2FCupula-da-PM-em-Brasilia-e-alvo-de-operacao0009861700202308180941.webp%3Fxid%3D368273&xid=368273)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) fazem, na manhã desta sexta-feira (18), uma ação de cumprimento de sete mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão contra atuais e ex-membros da alta cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
A operação, denominada 'Incúria', deriva da denúncia apresentada nesta semana ao Supremo Tribunal Federal pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, sob a liderança do subprocurador Carlos Frederico Santos.
De acordo com a PGR, os integrantes da cúpula da PM teriam deixado de intervir para impedir atos de vandalismo que atingiram as sedes dos Três Poderes, devido a um alinhamento ideológico com os manifestantes que buscavam promover medidas golpistas. A PM, por sua vez, afirma que a Corregedoria está acompanhando o desdobramento do caso.
Os indivíduos alvos da operação são os seguintes oficiais:
- Coronel Klepter Rosa Gonçalves (atual comandante-geral da PMDF);
- Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues;
- Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra.
Todos esses oficiais enfrentam acusações relacionadas a crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, danificação de patrimônio tombado e violação da Lei Orgânica e do Regimento Interno da PM.
Após uma investigação que se estendeu por sete meses, a PGR concluiu que os membros da PM começaram a trocar mensagens de teor golpista e a disseminar informações falsas antes do segundo turno das eleições presidenciais do ano anterior.
Além disso, a PGR verificou que a PMDF estava monitorando as atividades no acampamento golpista estabelecido nas proximidades do Quartel General do Exército em Brasília.
Os procuradores também obtiveram indícios de que a cúpula da PMDF teria infiltrado agentes de inteligência entre os manifestantes, com o propósito de coletar informações. Eles também alegam que esses oficiais tinham plena ciência da extensão e seriedade dos atos que estavam sendo planejados para o dia 8 de janeiro.
A documentação e as conversas obtidas pela PGR contradizem a versão apresentada pelos integrantes da cúpula da PMDF, que haviam afirmado que o sistema de inteligência do Distrito Federal falhou ao não alertar a corporação sobre o risco de invasão dos edifícios dos Três Poderes.