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Dor no bolso: preço da cesta básica sofre novo aumento

Tomate é o alimento que sofreu a maior alta

Tomate foi o alimento em que mais teve alta, segundo ABRAS
Tomate foi o alimento em que mais teve alta, segundo ABRAS |  Foto: Arquivo / Enfoco
 

O preço da cesta básica, composta por 35 produtos de largo consumo como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza acumulou uma alta de 5,11% no primeiro trimestre deste ano, conforme aponta a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

Segundo a ABRAS, o aumento aconteceu devido à pressão inflacionária puxada pelo repasse dos custos de produção na cadeia de alimentos. Esse crescimento seria originado por causa da alta do preço do óleo diesel, impactando no frete sob a logística dos produtos.

De acordo com o levantamento da ABRAS, a cesta registrou alta de 2,40% em março, passando de R$ 719,06 em fevereiro para R$ 736,34 neste mês. Em 12 meses, a alta foi de 15,45%. 

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Os alimentos mais impactados pelo aumento foram o tomate (27,22%), a cebola (10,55%), o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%) e o ovo (7,08%). As maiores quedas foram registradas nos preços do pernil (-0,51%), do açúcar refinado (-0,13%) e da carne bovina (-0,07%).

A região Sudeste registrou a segunda maior variação no preço da cesta devido a uma alta de 3,16%. O preço mudou de R$ 700 em fevereiro para R$ 722 em março. A região que sofreu o maior aumento foi a Sul com uma alta de 3,38%. Na região, a cesta está custando R$ 814,48.

Aumento no consumo

A pesquisa realizada pela ABRAS também mostrou um crescimento de 2,59% do consumo nos lares brasileiros. A maior variação do consumo do trimestre foi registrada em março, com alta de 6,58% na comparação com fevereiro. Em relação a março de 2021, a alta é de 2,41%. Todos os indicadores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O primeiro trimestre foi marcado pela busca de lojas que operam com preços menores e pela compra de abastecimento concentrada nas semanas próximas do recebimento do salário. Por ora, a troca de marca, a substituição de produtos, a busca por embalagens de melhor custo-benefício e por marcas próprias se mantêm acentuadas para compor a cesta de abastecimento”, explica o vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Milan.

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