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Empresário deve ser extraditado ao Brasil algemado pelas mãos e pés

Thiago Brennand, preso em Abu Dhabi, é acusado de vários crimes

Empresário é acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça
Empresário é acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça |  Foto: Reprodução/Facebook
  

Após ser preso nos Emirados Árabes no dia 17 de abril, Thiago Brennand deve ser extraditado para o Brasil nos próximos dias. E para isso, a Polícia Federal planeja algemar o empresário pelos pés e pelas mãos em sua volta ao país. O motivo seria pelo histórico de violência de Brennand.

A equipe encarregada de transportar Thiago Brennand inclui um delegado, dois agentes da Polícia Federal e um escrivão da Interpol treinado em jiu-jítsu. Ele será levado para um Centro de Detenção Provisória em São Paulo, onde cumprirá prisão preventiva.

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A PF está em contato com o Itamaraty para receber a autorização de extradição o mais rapidamente possível, a fim de que a equipe possa buscar o empresário com agilidade. Na manhã desta quarta-feira (26), a Embaixada do Brasil em Abu Dhabi recebeu a notificação do governo dos Emirados Árabes Unidos autorizando a extradição, o que fez o processo avançar.

Thiago Brennand apresenta-se nas redes sociais com fotos vestindo uma faixa preta e divulgando um suposto diploma de professor de jiu-jítsu que ele teria obtido no Rio de Janeiro em dezembro de 2019. Durante sua prisão nos Emirados Árabes, ele resistiu e alegou inocência, afirmando estar sendo injustiçado.

A inteligência da polícia dos Emirados Árabes agiu rapidamente devido à suspeita de que o empresário tentaria fugir para a Rússia, onde tem amigos e já havia morado antes da pandemia.

Relembre o caso

No ano passado, Thiago Brennand foi acusado de agredir violentamente uma modelo em uma academia de luxo em São Paulo. Em um vídeo de segurança da academia, é possível ver o empresário cuspir e arrancar tufos de cabelo da vítima. 

Após o mandado de prisão ter sido expedido, o empresário fugiu para os Emirados Árabes, onde acabou sendo preso pela Interpol em outubro de 2022, mas foi solto após pagar fiança.

Desde então, o Ministério Público investiga ao menos outras 10 denúncias de mulheres que acusam Thiago Brennand de estupro. Além disso, ele também é acusado de cárcere privado, lesão corporal e maus-tratos. Uma das vítimas afirma que ele a teria forçado a tatuar as iniciais dele.

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