Investigações

Esposa do 'Faraó dos Bitcoins' é presa nos EUA após 2 anos foragida

Mirelis estava foragida desde 2021, quando seu marido foi preso

A ascensão do empresário envolveu apreensões de milhões em dinheiro
A ascensão do empresário envolveu apreensões de milhões em dinheiro |  Foto: Reprodução
 

A Polícia Federal (PF) prendeu Mirelis Diaz Zerpa, esposa do 'Faraó dos Bitcoins', Glaidson Acácio dos Santos, em uma operação conjunta com autoridades norte-americanas nesta quarta-feira (24).

Encontrada em Chicago, nos Estados Unidos, a venezuelana estava ilegalmente no país e tinha um mandado de prisão em aberto por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.

Mirelis estava foragida desde 2021, quando seu marido foi preso na Operação Kryptos. A empresa do casal, investigada por dois anos, movimentou bilhões em um esquema de "pirâmide" no mercado de criptomoedas.

Glaidson, que passou de garçom a milionário, prometia 10% de lucro em investimentos de clientes, sem realmente investir em bitcoins. A ascensão do empresário envolveu apreensões de milhões em dinheiro, propriedades de luxo e carros de alto padrão. 

O que diz a defesa?

A defesa de Mirelis Diaz alegou que a detenção ocorreu devido a uma irregularidade formal em seu visto, a qual ela e seus advogados desconheciam, mas que está prestes a ser esclarecida.

Na nota, é mencionado que, em 20 de dezembro, o Superior Tribunal de Justiça concedeu um habeas corpus a Mirelis, tornando qualquer ordem de prisão potencialmente existente no Brasil totalmente ilegal.

A venezuelana ressalta que o recesso forense impediu a análise dos embargos de declaração que abordam duas questões cruciais pendentes de manifestação no STJ: 1) a sequência de irregularidades cometidas pela 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro; 2) o descumprimento contínuo, por parte do Juízo da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, das decisões do Superior Tribunal de Justiça, resultando na fragmentação e fabricação constante de acusações e prisões sucessivas, sempre dificultando o cumprimento das decisões das instâncias superiores.

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