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    Estragos causados pelas chuvas afetam os mais pobres

    Publicado 07/02/2020 às 8:53 | Autor: Plantão Enfoco
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    Quase 200 regiões de Minas Gerais vêm enfrentando situação de emergência. Foto: Divulgação - TV Brasil

    O senador Wellington Fagundes (PL-MT) se solidarizou, nesta quinta-feira (6), em Plenário, com os familiares e as vítimas dos desastres naturais ocorridos em vários municípios do Brasil, principalmente no estado de Minas Gerais, onde 196 deles vêm enfrentando situação de emergência por causa das chuvas neste verão. 

    Além dos estragos materiais, morreram 58 pessoas, vitimadas por enchentes e deslizamentos de terra, sublinhou o senador. Wellington Fagundes disse que essas são tragédias anunciadas, que ocorrem por falta de investimento público em infraestrutura urbana.

    Para o senador, os mais afetados por esses fenômenos fazem parte da população mais pobre do país, e residem nas periferias dos grandes centros urbanos, geralmente em habitações inseguras e insalubres.

    Ele disse que a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório em que afirma que nos países pobres o número de mortos por desastres naturais é cinco vezes maior quando comparado com o de nações ricas.

    "Os vínculos entre pobreza e catástrofes naturais, portanto, são e estão muito claros, como se pode ver neste caso específico. Neste estudo, lamentavelmente, constatamos que países de renda alta, nas catástrofes, registram perdas econômicas, mas, nos países com baixa renda, as perdas passam pela vida das pessoas", declarou.

    Para o senador, a falta de investimentos em infraestrutura contribui para essas tragédias anunciadas, que acontecem todos os anos. Ao citar dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disse que pelo menos 60% dos 5.570 municípios do país não contam com instrumentos de planejamento e gerenciamento de risco, o que, em sua opinião, agrava ainda mais a situação das pessoas que vivem nessas áreas.

    "Apenas 25% tinham um plano diretor com vistas à prevenção de enchentes e enxurradas; só 23% declararam ter lei de uso e ocupação do solo, prevendo essas situações. Precisamos, portanto, avançar sobre esta questão, de forma determinante, para que não choremos mais com tantas tragédias", finalizou.

    Agência Senado

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