![As meninas foram criticadas na internet após o vídeo](https://cdn.enfoco.com.br/img/inline/90000/1210x720/inline_00092297_00-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.enfoco.com.br%2Fimg%2Finline%2F90000%2Finline_00092297_00.jpg%3Fxid%3D301454&xid=301454)
As três jovens que fizeram um vídeo debochando de uma colega de sala que tinha mais de 40 anos em uma universidade em Bauru, em São Paulo, desistiram da graduação. A Unisagrado afirmou, nesta quinta-feira (16), que as jovens desistiram do curso de Biomedicina. As meninas Giovana Cassalatti, Beatriz Pontes e Bárbara Calixto ficaram com medo de retornar às atividades após o linchamento virtual que afirmam que sofreram com o vídeo que chegou a mais de 7 milhões de visualizações.
O vídeo, que viralizou na última sexta-feira (10), mostra as três alunas debochando de uma colega de turma que tem 44 anos. “Gente, quiz do dia: como ‘desmatricula’ um colega de sala?”, diz uma delas nas imagens. Uma segunda menina fala: “Mano, ela tem 40 anos já. Era para estar aposentada”. E a terceira afirma: "Realmente". O vídeo foi postado de forma restrita no Instagram de uma delas, apenas para 15 amigos no Close Friends, mas, segundo elas, vazou.
Na época, a universidade publicou uma postagem com diversos valores que a instituição acreditava e indo contra a discriminação. Dentre os valores defendidos pela instituição particular, temos: "aprendizado por toda a vida", "a valorização do ser humano é indispensável" e outros.
Sobre o caso, a faculdade disse que havia aberto um processo disciplinar para apurar os fatos, mas, com a solicitação de desistência da matrícula das jovens, esse processo foi finalizado por ter perdido "o seu objeto".
O advogado de Giovana informou ao "G1" que a menina está com medo de voltar "às atividades na universidade, em razão das ameaças que vem sendo feitas" e que eles não foram informados sobre o processo interno que a faculdade diz ter aberto.
"Os fatos ganharam tamanha proporção que as jovens passaram a ser alvo de ameaças de morte e agressão, o que lhes impede de retomar suas vidas cotidianas. Trata-se, pois, de sequelas infinitamente maiores às, supostamente, impelidas a quaisquer dos personagens envolvidos no caso", disse uma parte da nota de um dos advogados de uma das meninas. Ele ainda afirmou que o preconceito etário, racial, social, religioso, de gênero e todas as suas demais expressões não é um dos valores pregados por Giovana.