Pesquisa
Estudo mostra que infartos aumentam 17% durante as eleições
O estresse é um dos fatores para doenças cardiovasculares
Não é novidade que o período de eleições e incertezas sobre o futuro do país são fontes de estresse para as pessoas. No Brasil, é comum notícias sobre discussões políticas que terminam em agressões, ou até mesmo em mortes.
Um estudo realizado por especialistas das Universidades Columbia e Harvard, em conjunto com médicos da Kaiser Permanente, mostrou que a tensão do período político está relacionado ao aumento de internações por doenças cardiovasculares.
A pesquisa teve por base os cinco dias depois das eleições presidenciais norte-americanas de 2020, quando Joe Biden se elegeu, e Donald Trump, que tentatava a reeleição, perdeu. Foram coletadas informações de saúde de 6,3 milhões de pessoas, e os pesquisadores observaram um aumento de 17% na taxa de hospitalizações por doenças cardiovasculares agudas, como infarto, AVC e complicações da insuficiência cardíaca, em comparação com um período antes das eleições.
As hospitalizações por ataque cardíaco, derrame e insuficiência cardíaca foram 17% maiores nos cinco dias após a eleição de 2020 do que nos mesmos cinco dias duas semanas antes da eleição.
Observou-se também que as taxas as taxas de ataques cardíacos após a eleição foram 42% maiores e as taxas de insuficiência cardíaca foram 18% maiores.
Assim como grandes eventos esportivos ou outros eventos que podem causar excitação e ansiedade, as emoções em torno das eleições presidenciais podem desencadear um risco maior de ataques cardíacos em certas pessoas.”
"Em um questionário de 2017 feito pela Associação Americana de Psicologia, mais da metade (52%) dos respondentes considerava o clima político uma fonte substancial de estresse, e aproximadamente dois terços deles consideravam o futuro da nação como algo estressante", escreveram no estudo.
O que as eleições tem a ver com o coração?
Situações estressantes como um período eleitoral, podem provocar uma produção excessiva de glóbulos brancos no organismo e essas células fazem parte do sistema imunológico que, em excesso, podem se acumular nas paredes das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e favorecendo a formação de coágulos, que, consequentemente, eleva o risco de doenças cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo
Para não chegar a esse extremo, os médicos recomendam uma receita clássica: combinar uma alimentação saudável à prática regular de exercícios físicos e qualidade de sono.
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