Contrato
'Falta bom senso', diz juiz ao negar compra de tanques por R$ 5 bi
Seriam 98 veículos, ao todo, do modelo Centauro II
O contrato de compra de novos blindados do Exército, estimado em R$ 5 bilhões, previsto para ser assinado nesta segunda-feira (5), foi anulado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Seriam 98 veículos, ao todo, do modelo Centauro II, da marca italiana Iveco-Oto-Melara. Cada caça-tanque, como é chamado, pesa 30 toneladas, tendo um canhão de longo alcance.
O desembargador Wilson Alves de Souza, que assina a decisão, classificou que é "evidente a falta de bom senso" e disse que "a única guerra que se está a enfrentar nesse momento é a travada contra a Covid-19".
O Centro de Comunicação Social do Exército informou "que o referido despacho judicial foi cumprido e que estão sendo tomadas as medidas cabíveis pelo Exército Brasileiro".
Na terça-feira (6) o Exército complementou a resposta. Informou que "a aquisição da viatura Centauro II 8x8 se destina a substituir parte da frota de blindados EE9 (Cascavel), que chegou ao final de sua vida útil após quatro décadas de exaustiva utilização." A nota segue: "A compra se justifica por atender à evidente necessidade de atualização tecnológica desse tipo de material". O Exército informou, ainda, que "o processo, composto de várias etapas, contribuirá, internamente, para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID), com a criação de novos empregos e a participação efetiva de empresas nacionais na produção da viatura em território nacional."
Ainda de acordo com a nota do Exército, a assinatura prevista par ao dia 5 de dezembro era apenas para a entrega de duas amostras do blindado para testes. Após a aprovação seria assinado o contrato principal, de compra de 98 veículos ao longo de 15 anos, ao custo de R$ 3,3 bilhões.
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