Logo Enfoco


    Alerta

    Febre Oropouche: o que é, sintomas e como tratar

    Ministério da Saúde alerta para aumento de casos no país

    Publicado 23/07/2024 às 20:12 | Atualizado em 23/07/2024 às 20:48 | Autor: Gabriel Villa Nova e André Silva
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    Doença é transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora
    Doença é transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora |  Foto: Flávio Caravlho/Fiocruz

    Com três mortes sendo investigadas e 7.236 casos em 2024 no Brasil, a Febre Oropouche vêm preocupando a população e deixando o sinal de alerta ligado entre os estados. Nesta segunda-feira (22), foi registrada uma morte suspeita da doença. A vítima é uma mulher, de 21 anos, moradora de Camamu, na Bahia.

    Ela foi internada com dores de cabeça, náuseas, vômito, diarreia, fraqueza, dores no músculos, cansaço, entre outros. Os sintomas evoluíram e a mulher ficou em estado grave, com sangramentos gengival, nasal e vaginal. Além disso, a paciente sofreu queda brusca de hemoglobina e plaquetas, e hipotensão. A jovem não resistiu e faleceu.

    Leia+ Sinal de alerta: Niterói, SG e Maricá registram casos de coqueluche

    Leia+ Ampliado público para receber vacina contra coqueluche em São Gonçalo

    De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, Amazonas é o estado com mais casos da doença no país, com 3.224 registros somente neste ano. Em seguida vem Roraima, com 1.709, e Bahia, com 830.

    O que é a Febre Oropouche?

    A doença é causada por um arbovírus (vírus transmiti do porartrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. Ela é transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

    O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

    A infectologista Raissa Perlingeiro explicou ao ENFOCO a forma de transmissão da doença e as precauções necessárias.

    Como a doença é transmitida?

    "A transmissão da doença ocorre pela picada de mosquito, geralmente do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora", afirmou a infectologista.

    Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

    Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

    Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

    Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.

    Quais são os sintomas?

    "Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, enjoo, diarreia, febre e dor articular", falou a infectologista.

    Neste sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.

    Como posso me tratar?

    "Não existe um tratamento específico. As orientações são de tratamento de acordo com os sintomas, hidratação, repouso e acompanhamento médico", afirma Raíssa.

    Como se prevenir?

    Segundo a especialista, a melhor prevenção é evitar áreas com mosquitos, usar repelentes, manter a casa limpa e eliminar possíveis criadouros de mosquitos, como recipientes que acumulam água.

    Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

    Tags

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Criminosos trocam tiros com a PM em comunidade de Niterói

    Próximo artigo
    >

    Assustador! Vídeo mostra ostentação de armas em baile funk

    Relacionados em Brasil & Mundo