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    Apreensão

    Gambá de 'estimação' é levado pela polícia e sensibiliza web

    Animal conta com mais de 150 mil seguidores nas redes sociais

    Publicado 10/06/2023 às 9:55 | Autor: Gabriel Villa Nova
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    Gambá foi confiscado pela polícia ambiental
    Gambá foi confiscado pela polícia ambiental |  Foto: Reprodução/Instagram

    Um gambá criado como animal de estimação pela técnica de enfermagem Schanacris Braga foi confiscado pelo Comando Ambiental da Brigada Militar para ser levado ao núcleo de conservação e reabilitação de animais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na última quarta-feira (7). A tutora divulgou um vídeo em suas redes sociais no momento da apreensão e a postagem chamou a atenção da web.

    O animal tem um ano e sete meses e é famoso nas redes sociais, somando 150 mil seguidores. A dona compartilhava a rotina diária de 'Emílio', nome dado ao gambá, desde quando era filhote e também fazia vídeos conscientizando pessoas a não maltratarem nem matarem animais. No entanto, isso não foi suficiente para se manterem juntos.

    Leia +: Justiça solicita e capivara Filó é devolvida para influenciador

    Emílio foi levado após uma denúncia de maus-tratos. De acordo com a polícia, o animal não recebia alimentação adequada para sua espécie, e a tutora não tinha licença para a criação. Após isso, a tutora entrou com um pedido de guarda e criou uma petição para tentar a devolução do animal.

    Aspas da citação
    Estou em choque. Por maus-tratos? O bichinho está vivo porque a gente cuidou e amou. Ele pode morrer agora no trajeto, ele é um animal idoso"
    desabafou a dona
    Aspas da citação
      

    De acordo com a tutora, o animal foi capturado por um gato e apresentava machucados de mordidas. Sensibilizada, a profissional de saúde decidiu cuidar do gambá. Ainda segundo Schanacris, o bichinho tem um problema de saúde que o impede de viver com outros da espécie. Isso porque ele tem uma deficiência no dente canino, impedindo que consiga morder e se alimentar direito.

    Esta situação chamou a atenção por ter semelhança com o caso  do influencer Agenor Tupinambá, que foi multado pelo Ibama em mais de R$ 17 mil por criar a capivara "Filó". Agenor também foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal, e precisou retirar todas as publicações com o animal de suas redes sociais.

    A polícia reforça que a lei ambiental é clara: no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), o artigo 33 destaca que é proibido "explorar ou fazer uso comercial de imagem de animal silvestre mantido irregularmente em cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos".

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