Economia
Gasolina aumenta pela segunda semana seguida e puxa inflação
Valor médio do litro subiu a R$7,270
O preço médio da gasolina comum aumentou pela segunda semana consecutiva, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O valor médio do litro subiu a R$7,270, na semana entre os dias 17 a 23 de abril.
A alta representa um aumento de 0,70% em relação a semana anterior. O novo preço é um recorde desde que a ANP passou a registrar os levantamentos semanais, em 2004.
O último pico foi na semana entre os dias 13 e 19 de março, quando o valor atingiu R$7,267 o litro, após a Petrobras anunciar o aumento da gasolina, diesel e GLP.
A agência fez uma pesquisa em mais de 5 mil postos por todo o país e o maior preço encontrado foi de R$8,599, enquanto o menor valor foi de R$6,190.
Segundo a ANP o preço do etanol também obteve uma alta em comparação à semana anterior, chegando à média de R$5,496 o litro por todo o Brasil.
Inflação
O aumento da gasolina influenciou na prévia da inflação de abril, que acelerou para 1,73%, 0,78 ponto percentual acima da taxa de março (0,95%).
Segundo o IBGE, essa é a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%). Também é a maior variação para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%.
Esse resultado, influenciado pelos transportes (3,43%), principalmente, pelo aumento no preço da gasolina, que teve alta de 7,51%, contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês (0,48 p.p.), reflexo do reajuste no preço médio do combustível nas refinarias. Também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%).
Os preços de alimentos e bebidas avançaram 2,25%, puxados pela alta dos itens consumidos no domicílio (3,00%), principalmente, o tomate (26,17%) e o leite longa vida (12,21%), que contribuíram conjuntamente com 0,16 p.p. no resultado do IPCA-15. Outros produtos também tiveram altas expressivas: a cenoura (15,02%), o óleo de soja (11,47%), a batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%).
A alta do gás de botijão (8,09%) teve o maior impacto (0,11 p.p.) em habitação (1,73%). Também subiram os preços do gás encanado (3,31%). A segunda maior contribuição no grupo (0,09 p.p.) foi da energia elétrica (1,92%), com os reajustes de mais de 15% nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (11,25%).
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