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    Guia acusado de abandonar niteroiense em trilha fala pela 1ª vez

    Ali Musthofa contou sua versão do caso na Indonésia

    Publicado 23/06/2025 às 15:48 | Autor: Enfoco
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    O guia em selfie feita com grupo em que Juliana estava
    O guia em selfie feita com grupo em que Juliana estava |  Foto: Reprodução / Instagram

    O guia Ali Musthofa, responsável por acompanhar a publicitária niteroiense Juliana Marins na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, negou ter abandonado a brasileira antes do acidente que a deixou ferida em uma encosta de difícil acesso. O indonésio, que trabalha na região desde novembro de 2023, afirmou que o combinado era caminhar um pouco à frente e esperar pela jovem niteroiense.

    "Na verdade, eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei. Eu disse que a esperaria à frente. Eu disse para ela descansar. Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro. Eu disse que iria ajudá-la", relatou o guia ao Jornal O Globo.

    Musthofa disse ter prestado depoimento à polícia neste domingo (22), logo após descer da montanha. Segundo ele, tão logo percebeu o acidente, ligou para a empresa de turismo na qual trabalha, solicitando o acionamento da equipe de resgate.

    De acordo com Musthofa, Juliana pagou 2.500.000 rúpias indonésias pelo pacote de trilha, o que equivale a cerca de R$ 830 na cotação atual. O guia, que sobe o Rinjani cerca de duas vezes por semana, reforçou que não houve intenção de abandono e que seguiu os procedimentos de segurança possíveis até a chegada da equipe de salvamento.

    Família denuncia negligência nas buscas

    A publicitária Juliana Marins faz mochilão pela Ásia desde fevereiro
    A publicitária Juliana Marins faz mochilão pela Ásia desde fevereiro |  Foto: Reprodução / Instagram

    Enquanto o guia dá sua versão, a família de Juliana segue demonstrando preocupação e fazendo críticas contundentes à condução das buscas. Parentes disseram na manhã desta segunda-feira (23) que o resgate estava "descendo até o local onde ela foi avistada", mas, mais cedo, acusaram as autoridades indonésias de negligência e criticaram a lentidão nos trabalhos.

    Além de questionar a demora, a família denunciou um novo recuo nas operações de resgate por conta das condições climáticas e reforçou que a jovem está há "3 dias sem água, comida e agasalhos".

    Mariana Marins, irmã de Juliana, afirmou que o local onde a publicitária se encontra é "muito inóspito", com terreno arenoso, o que torna o resgate ainda mais difícil.

    Ela chegou a acusar as autoridades da Indonésia de "mentirem" sobre o andamento das buscas e também criticou a atuação da Embaixada do Brasil no caso.

    Acidente e buscas

    Local onde Juliana Marins caiu
    Local onde Juliana Marins caiu |  Foto: Reprodução / Instagram

    O acidente ocorreu por volta das 19h (horário de Brasília) da última sexta-feira. Juliana foi vista pela última vez em imagens de drone, no sábado, por volta das 17h10, sentada em uma encosta após a queda. De acordo com a família, a descida descontrolada de mais de 300 metros ocorreu em uma área de difícil acesso, o que impossibilitou o uso de helicópteros.

    Sem sinal de telefone, Juliana não conseguiu fazer contato direto com os familiares. As primeiras notícias chegaram ao Brasil por meio de turistas que estavam na mesma trilha e conseguiram localizar perfis de amigos da jovem nas redes sociais para alertar sobre o ocorrido.

    Juliana está em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, com passagens por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã. Durante o passeio no Rinjani, chegou a registrar momentos de descontração com colegas de trilha.

    Enquanto as buscas continuam, o governo brasileiro informou que dois representantes da embaixada foram deslocados até o local para acompanhar os trabalhos de resgate.

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