Um fato curioso chamou atenção das autoridades portuguesas ao encontrar a portuguesa identificada apenas como Anabela, de 70 anos, morta em seu apartamento no bairro Linda-a-Velha, em Oeiras, na Região Metropolitana de Lisboa, no último domingo (16). Ao lado do corpo da mulher, deitado em uma cama e de pijama, o cadáver de um homem em estágio avançado de putrefação. Tratava-se de Custódio, pai da idosa e que morreu há 15 anos.
As autoridades da região foram acionadas para checar um intenso mau cheiro que vinha da casa da idosa. Chegando ao local, os agentes tiveram dificuldade para entrar no imóvel pelo fato do imóvel estar repleto de lixo. Segundo relatos, a mulher era acumuladora. Como a porta sequer abria, só foi possível entrar pela janela.
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Quando os policiais e bombeiros finalmente chegaram do lado de dentro, a moradora estava morta, deitada no sofá, com o corpo em estado de decomposição, presumindo-se que ela estava ali há alguns dias.
De acordo com vizinhos, o cheiro de água sanitária, usado para conservar o cadáver do homem, já era sentido há aproximadamente dois anos, porém isso não foi considerado incomum na época. A moradora não possuía água em casa e, conforme relatos dos outros moradores, ela saía todas as tardes com um carrinho para comprar água potável e água sanitária em uma loja próxima.
Em entrevista a um jornal local, uma vizinha contou que chegou a contribuir para a compra de uma coroa de flores para o funeral de Custódio.
"Ficamos chocados com a descoberta. Ela era muito reservada, mas gentil, não havia nenhuma razão de queixa. Como ela não tinha água em casa, julguei que fosse para disfarçar o cheiro da canalização estagnada ou algo parecido. Não sei o que pensar, é inexplicável, um grande mistério. O prédio se juntou para comprar uma coroa para o enterro do idoso que, afinal, não houve", contou a vizinha.
O caso está sendo investigado pela Polícia Judiciária portuguesa.
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