Decisão

Itália pede extradição do jogador Robinho, condenado por estupro

Por lei, Brasil não extradita seus cidadãos

Quando interrogado sobre o ocorrido, Robinho sempre negou as acusações de violência sexual
Quando interrogado sobre o ocorrido, Robinho sempre negou as acusações de violência sexual |  Foto: Ivan Storti/Santos
 

O Ministério da Justiça da Itália solicitou ao Brasil a extradição do ex-atacante Robinho e Ricardo Falco, seu amigo, do país. O motivo do pedido é pelo fato de ambos terem sido condenados a nove anos de prisão por estupro.

O governo italiano foi acionado pelo Ministério Público de Milão, que já foi notificado sobre o envio da solicitação às autoridades brasileiras.

A condenação entrou em vigor no dia 19 de janeiro deste ano por conta de uma agressão sexual cometida em 2013 contra uma mulher albanesa, que tinha 22 anos na época. 

Quando interrogado sobre o ocorrido, Robinho sempre negou as acusações de violência sexual, apesar de admitir que se envolveu com a vítima. Outros quatro envolvidos não foram localizados pela justiça do país, por conta disso não puderam ser processados. 

Em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse as seguintes palavras ao amigo Jairo Chagas, após ser alertado sobre as investigações: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".

"Olha, os caras estão na merda. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros foderem ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela", continuou confessando.

Após Chagas afirmar ter visto o ex-jogador colocar sua parte íntima dentro da boca da vítima, ele rebateu dizendo: 'Isso não significa transar'. A defesa de Robinho alega inocência e que a relação foi consensual. 

Declaração de voto

Recentemente, Robinho usou as redes sociais para declarar apoio a Jair Bolsonaro (PL), quem disputa a reeleição ao cargo de Presidente do Brasil contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por lei, o Brasil não extradita seus cidadãos. 

Contudo, a Itália e o Brasil podem fazer um acordo para que o rapaz cumpra sua sentença em uma penitenciária brasileira.

Relembre o caso

Em janeiro de 2013, em uma boate em Milão, Robinho, Falco e outros quatro brasileiros foram denunciados por violência sexual contra uma mulher albanesa, de 23 anos na época.

O caso contra os outros quatro brasileiros está suspenso, mas pode ser reaberto devido à condenação de Robinho e Falco. Durante as investigações, os envolvidos não estavam na Itália e, portanto, não foram processados.

Em 2020, o GE teve acesso a áudios de Robinho e seus amigos fazendo pouco caso com a vítima. A divulgação dos áudios foi, inclusive, determinante para que o Santos suspendesse o contrato com o jogador de 37 anos.

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