Perigoso
Jovem sofre parada cardíaca e convulsão após pisar em peixe
Peixe-leão é considerado uma das espécies de maior risco
Um pescador acabou tendo duas paradas cardíacas depois de pisar em um peixe-leão, considerado de risco, na praia de Pitupitá, em Barroquinha, no interior do Ceará. O peixe é considerado uma das espécies mais invasoras e de risco global.
Francisco Mauro da Costa Albuquerque, de 24 anos, pescava quando sofreu dores na região onde foi furado. Ele teve convulsões e duas paradas cardíacas. O jovem ficou internado durante seis dias por conta do acidente.
Ferimentos relacionados ao peixe-leão não são sempre letais, porém o animal injeta uma toxina neuromuscular que pode causar sintomas como febre e convulsões
A carne é comestível e a pesca seletiva é a única maneira de conter a invasão. Porém, todo cuidado é pouco ao manipular esses animais.
. Até a última segunda-feira (25), Francisco Mauro estava com dores no peito e no local do ferimento, mas a mulher dele disse que houve evolução no quadro de saúde — inclusive recebendo alta do hospital.
Sobre a espécie
A espécie é originária do Oceano Pacífico e foi introduzido na Flórida em meados da década de 1980, por aquaristas. Desde então espalhou-se pelo Caribe e, em 2014, foi registrado pela primeira vez no Brasil, em Cabo Frio.
Ferimentos relacionados ao peixe-leão não são sempre letais, mas uma toxina que o animal solta podem causar sintomas como febre e convulsões
Biólogo marinho, Rodrigo leão explicou sobre os riscos que a espécie pode trazer às pessoas e que a população do invasor está crescendo significativamente no Brasil, especialmente na costa norte.
"Além de ser um predador voraz e capaz de afetar as populações de peixes nativos, o peixe-leão é um perigo para pescadores e banhistas, pois possui espinhos venenosos nas nadadeiras", esclareceu.
No mar da Praia de Bitupitá, em Barroquinha, no Litoral-Oeste do Ceará, entre segunda-feira (25) e terça-feira (26), os pescadores da região retiraram mais de 20 peixes-leão.
Ao portal g1, o pescador David Alves da Silv, explicou que no primeiro dia foram apreendidos oito peixes e no dia seguinte mais de 15.
O homem também abordou que, com a presença da espécie nas águas outros estão desaparecendo. Segundo ele, as pescas de sardinha, anchova e espada, muito comum na região, estão prejudicadas.
David também disse que os peixes não estavam sendo devolvidos ao mar. Entretando, estavam seguindo as recomendações do Ibama, que inclusive estão junto ao Governo do Estado do Ceará estudando formas para ensinar como os pescadores devem agir quando encontrarem um peixe-leão na praia.
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