Justiça
Julgamento de Bolsonaro e aliados retorna nesta quarta
STF suspendeu a sessão após apresentação das defesas

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu às 17h55 desta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus do chamado “núcleo 1” da trama golpista. A sessão será retomada nesta quarta (3), às 9h, para as sustentações das defesas.
O cronograma prevê cinco sessões reservadas ao caso, marcadas para 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, com períodos matutinos e vespertinos definidos pelo tribunal.
Pela manhã, o relator Alexandre de Moraes fez a leitura do relatório da ação penal, um resumo das investigações e das peças do processo. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação dos réus.
Quem são os réus do “núcleo 1”
Jair Bolsonaro (ex-presidente), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF), Augusto Heleno (ex-GSI), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Walter Braga Netto (ex-ministro e candidato a vice em 2022) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens). Eles respondem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. No caso de Ramagem, por ser deputado federal, ficou suspensa a tramitação quanto aos crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado; ele responde aos outros três.
Defesas no 1º dia
> A defesa de Mauro Cid pediu a manutenção do acordo de delação premiada e negou qualquer coação.
> A defesa de Alexandre Ramagem negou monitoramento ilegal de ministros do STF e disse que ele apenas “compilava pensamentos” de Bolsonaro.
> A defesa do almirante Almir Garnier negou que a Marinha tenha sido colocada à disposição de tentativa de golpe.
A defesa de Anderson Torres classificou o documento apreendido em sua casa como uma “minuta do Google”, sem valor jurídico.
O julgamento poderá resultar em penas que superam 30 anos de prisão, a depender da participação de cada réu.
No primeiro dia, Bolsonaro não compareceu; foi representado por seus advogados.


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