Alerta
Como os golpistas usam formulários do Google para disseminar fraudes
Abusando da confiança na marca, criminosos vitimizam usuários

Nos últimos anos, os formulários do Google se tornaram uma ferramenta chave para a coleta de informações nos mais diversos contextos. Professores os utilizam para questionários, empresas para pesquisas e organizações sem fins lucrativos para inscrições em eventos. Seu design limpo, facilidade de uso e o peso da marca Google os tornam uma plataforma confiável para milhões de pessoas. Infelizmente, essas mesmas qualidades também os tornam um verdadeiro ímã para cibercriminosos.
Por que os golpistas recorrem ao formulários Google?
Para os golpistas, os formulários do Google apresentam diversas vantagens: são gratuitos, personalizáveis e conhecidos pela maior parte dos usuários. Além disso, devido ao nome do Google, os links dos formulários passam com tranquilidade pelos filtros de segurança dos serviços de e-mail.
Em relação às vítimas, por sua vez, a marca Google transmite uma sensação de legitimidade, convencendo-as a abaixar a guarda. É, assim, a cobertura perfeita para os criminosos.
Táticas comuns de golpes
Há vários métodos usados por golpistas para enganar as vítimas. Abaixo estão alguns dos mais frequentes.
Falsos sorteios de prêmios
Nesse golpe, as vítimas recebem uma mensagem alegando que ganharam um vale-presente ou um prêmio importante (como um smartphone ou uma viagem). Porém, para reivindicá-lo, elas precisam “verificar” sua identidade com o preenchimento de um formulário Google, onde informações pessoais, como telefone, endereço e até mesmo dados bancários são solicitados.
Candidaturas falsas
Outra estratégia envolve a publicação de vagas de emprego falsas, com a coleta de currículos por meio de formulários Google. Os candidatos costumam ter que fornecer dados pessoais e bancários para o “depósito direto”, levando a roubos financeiros e de identidade.
Phishing de login
Nesse esquema, os golpistas criam formulários que imitam páginas de login legítimas de serviços como bancos, plataformas de rede social ou universidades. Os usuários desavisados encontram esses formulários e acabam digitando seus nomes de usuário e senhas, entregando-os diretamente aos criminosos.
Como se observa, a maioria dessas táticas abusa da confiança dos usuários e os induz a fornecer de bom grado informações preciosas, o que pode levar a perdas financeiras e problemas legais, como envolvimento em fraudes e roubos de identidade.
Por isso, é de suma importância que os usuários se mantenham céticos e lembrem-se que se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.
Como se manter seguro
Proteger-se desse tipo de fraude requer conscientização e medidas práticas. Aqui estão algumas práticas recomendadas:
● Adicionar camadas extras de segurança - Ao usar uma rede virtual privada (VPN), os usuários conseguem proteger com criptografia seus dados durante a navegação ou preenchimento de formulários. Diversos serviços de VPN com teste grátis possibilitam experimentar esse nível de segurança de maneira conveniente e sem riscos.
● Verificar a legitimidade - Manter certo grau de ceticismo é essencial. Se um formulário solicitar senhas, dados bancários ou dados de identidade, é um sinal de alerta. O próprio Google alerta os usuários para nunca enviarem senhas pela plataforma.
● Conferir o remetente - No caso de formulários vindos por e-mail, é importante conferir o endereço do remetente com atenção. Endereços falsificados são um sinal comum.
● Duvidar da urgência - A falsa sensação de urgência é uma estratégia recorrente dos criminosos. Ao se deparar com algo alarmante, é recomendado reservar um tempo para verificar os fatos antes de responder.


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