Mais de 1 bilhão de jovens correm risco de perda auditiva

Cerca de 1,35 bilhão de pessoas entre 12 e 34 anos correm risco de perda auditiva de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (16) pela revista científica BMJ Global Health. Isso acontece devido ao uso abusivo de fones de ouvido com um som muito alto e também à ida a locais com música com volume excessivo.

No documento, os principais responsáveis pela pesquisa escrevem que é “urgente necessidade de governos, indústria e sociedade civil priorizarem a prevenção global da perda auditiva, promovendo práticas de escuta”.

O volume considerado limite em fones de ouvido é de 80 decibéis (dB) para adultos e 75 dB para crianças. De acordo com a pesquisa, a média de volume no uso de fones é de 105 dB, enquanto os estabelecimentos com música costumam oferecer um ambiente com um volume variando entre 104 dB e 110 dB.

Segundo o estudo, 24% dos jovens do mundo utilizam fones de ouvido regularmente. Além disso, 48% frequentam ambientes com músicas altas.

Essa estimativa considera todas as 2,8 bilhões de pessoas nessa faixa etária em todo o mundo. Por conta disso, o número aproximado de jovens nestas condições é de 1,35 bilhão.

Equilíbrio é a resposta

De acordo com a otorrinolaringologista da Universidade Federal Fluminense (UFF), Maria Elisa, não há problema usar fones de ouvido, só é preciso haver equilíbrio.

''O  uso  do  fone  de  ouvido  não  é  em  si  um  problema,  mas  sim  o  uso  inadequado,  o  exagero  no tempo  de  uso  e  a intensidade do volume. O mesmo se aplica a lugares com volume muito alto. Em lugares assim a proximidade com caixas de som ou estar muito perto da fonte sonora podem aumentar a chance de lesão  consequentemente perda auditiva e ou zumbido'', explicou.

Ainda segundo a especialista,  perda auditiva pode não ser percebida de maneira mas sim a longo prazo. Ela também faz uma recomendação para as pessoas.

''Seria interessante que os usuário realizassem exames de audição em caráter periódico , anualmente. Ou quando sentisse alguma coisa realizasse o exame'', finalizou.