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    Ausência

    Marido de Walewska fala pela primeira vez após ausência em velório

    ‘Fui impedido de me despedir’, afirmou Ricardo Mendes

    Publicado 25/09/2023 às 10:40 | Atualizado em 25/09/2023 às 15:54 | Autor: Enfoco
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    Ricardo falou pela primeira vez após a morte da esposa
    Ricardo falou pela primeira vez após a morte da esposa |  Foto: Reprodução/Instagram

    O marido da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, Ricardo Mendes, falou pela primeira vez desde a morte da esposa, que caiu do 17º andar do prédio onde morava, em São Paulo, na última quinta-feira (21). A polícia trabalha com a possibilidade de suícidio.

    "Por todo o amor que eu tenho por ela, se eu soubesse que ela iria tomar essa decisão, eu anularia minha vida e os meus sentimentos para continuar com ela", relatou Ricardo, em entrevista para o site “Uol”.

    O corretor de imóveis explicou que o motivo da ausência no sepultamento e velório da esposa, foi pedido dos pais de Walewska.

    "Me tiraram o direito de me despedir do amor da minha vida. Estava com o bilhete aéreo emitido, um amigo da família disse que os pais dela orientaram eu não ir, até para preservar a todos pelo clima da tragédia".

    Ricardo não chegou a fazer o processo de reconhecimento do corpo da esposa, ele apenas deixou algumas roupas dela na portaria do prédio, para que a funerária pudesse recolher e realizar a preparação do velório. Segundo ele, não tinha condições para lidar com essas burocracias.

    "Ninguém ligou para falar de valores. Pretendo restituir tudo. Não tive condições psicológicas de reconhecer o amor da minha vida, que está morta".

    Ainda na entrevista, o marido da ex-jogadora de vôlei mostrou print da última conversa com a esposa.

    Imagem ilustrativa da imagem Marido de Walewska fala pela primeira vez após ausência em velório
    |  Foto: Reprodução/Instagram

    Crise no relacionamento

    O viúvo relatou que na noite antes do acontecimento, eles tiveram uma pequena discussão sobre o relacionamento, no entanto, nada que fosse fora do aceitável entre um casal. De acordo com Ricardo, não ocorreu agressão e muito menos ameaças entre as partes.

    “Ela me questionou que eu estava estranho e distante, eu respondi que não dava pra continuar onde não havia mais amor entre homem e mulher. Ela ficou introspectiva, ficou quieta, e fomos dormir. A gente se amava, eu esperava ela aceitar a separação numa boa.”

    O casal se conheceu por conta da ex-jogadora de vôlei Virna, na época, o agora corretor de imóveis, era preparador físico e personal trainer da medalhista olímpica. “Convivemos por 20 anos, mas nos últimos dois não era mais o mesmo amor. Muitas vezes me anulei, mas fiz por ela”, comentou.

    Tragédia

    Segundo Ricardo, no dia seguinte depois da discussão, ele foi trabalhar e esta foi a última vez que viu a esposa com vida. Ele afirma que quando chegou em casa, não sabia que Walewska já tinha chegado. 

    “O interfone tocou, eu não atendi. Depois vieram as mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha da minha casa para me avisar da tragédia. Meu chão abriu e eu desmoronei”, disse ele na entrevista.

    Ele também comentou sobre a suposta tentativa de suicídio que ocorreu há 3 anos, e que consta no boletim de ocorrência. “Ela nunca disse que tiraria a própria vida. Ela me disse que estava passando por muitas coisas na vida dela, que até pensou em ‘fazer uma besteira’. Foi aí que percebi que ela já não estava tão forte como sempre foi. Me lembro da Wal ter ficado brava e chateada comigo, e que eu não tinha o direito de falar sobre isso com os pais dela. Eu não tive alternativa”, disse ele.

    O viúvo também explicou que a esposa fazia terapia há um ano, e afirma não saber o que teria causado o gatilho trágico. 

    “Uma vez ela disse para mim: ‘Posso perder dinheiro, posso perder status, mas não posso perder você’. Esse poder de posse sempre me preocupou. Por isso, de uns três anos pra cá, sempre tive compaixão e cuidado, justamente preocupado com a reação dela. Tentei levar e administrar a crise”, contou.

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