Indignação

Confusão na Unimed vira caso de polícia no Centro do Rio

Responsáveis por autistas alegam que local foi fechado

Clientes foram manifestar seu direito de atendimento
Clientes foram manifestar seu direito de atendimento |  Foto: Via grupo Enfoco

Familiares de crianças com autismo estão na Unimed Rio, no Paço do Ouvidor Shopping Center, no Centro do Rio, e alegam que tiveram seus atendimentos negados nesta segunda-feira (25) pela operadora de saúde. 

Segundo relatos, a polícia foi chamada e algumas pessoas ficaram presas dentro do local após ele ser fechado devido a confusão. A segurança foi reforçada e há filas. 

"Depois de muito custo, estamos aqui a mais de uma hora, eles decidiram fazer nosso protocolo de reclamação. Só depois da polícia intervir que eles passaram a agir. A Polícia teve que intervir, para mediar o encontro de cada mãe para fazer esse protocolo, é um absurdo, como se fossemos guerrilheiros", afirmou Rejane Pereira Passeri, de 49 anos, tem duas filhas, e uma delas é a Luiza Passeri, de 5, que também está dentro do espectro autista e faz tratamento há 2 anos e 7 meses.

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A alegação é que a operadora estaria negando o atendimento aos usuários do plano. Procurada, a Unimed Rio não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.

"Nos só queremos nosso protocolo, viemos aqui na porta da Unimed - Rio, para protestar e solicitar nosso protocolo, porque nossos filhos estão ficando sem terapia, por falta de repasse com as clínicas associadas. É uma manifestação pacífica, só de mães e pais de crianças especiais e a Unimed se recusou a nos receber", concluiu Rejane.

Caso

Centenas de crianças com autismo e várias deficiências que fazem tratamento em algumas clínicas que atendem ao plano da Unimed vão ficar sem atendimento a partir do dia 2 de outubro. Segundo familiares, o motivo é porque o plano de saúde não está fazendo o repasse dos pagamentos para as unidades.

A analista de negócios Ana Cristina Rios, de 40 anos, tem um filho de 6 anos, e há três, ele faz o tratamento em uma clínica no bairro de Icaraí, na Zona Sul de Niterói. Ela foi comunicada que o tratamento do menino será encerrado e não sabe o que fazer.

"Fomos comunicados na terça-feira (19) que, por conta da falta de repasse, a partida do dia 2 a clínica não vai mais atender as crianças, pois o plano está há cinco meses sem fazer os pagamentos. O pessoal da clínica já tentou inúmeras vezes resolver a situação. A Unimed dá um prazo para fazer o repasse, mas nunca faz. Meu filho evoluiu muito fazendo o tratamento, poucas clínicas em Niterói têm esse tipo de tratamento", disse Ana Cristina.

Em atualização.

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