Perigo

Mina pode colapsar e abrir cratera do tamanho de estádio em Maceió

Área precisou ser desocupada

De acordo com a Defesa Civil, estudos revelaram um aumento significativo na movimentação do solo
De acordo com a Defesa Civil, estudos revelaram um aumento significativo na movimentação do solo |  Foto: Reprodução / GloboNews

A situação crítica do solo em Maceió, Alagoas, atingiu um novo patamar nesta quinta-feira (30), quando a Defesa Civil emitiu um alerta para o iminente risco de colapso de uma das minas na região do antigo campo de futebol do Centro Sportivo Alagoano (CSA), localizado no bairro do Mutange. 

De acordo com a Defesa Civil, estudos revelaram um aumento significativo na movimentação do solo na mina 18, o que indica que há possibilidade de rompimento a qualquer momento, e formação de um skinhole (crateras caracterizadas pelo vazio da superfície).

O órgão recomenda que a população evite a área até uma nova atualização, enquanto implementa medidas e monitora o local.

O que aconteceu?

As minas de extração de sal-gema da empresa Braskem na região foram identificadas como responsáveis pelas rachaduras e afundamentos do solo nas proximidades, o que resultou prejuízos aos moradores. Desde 2019, mais de 14 mil imóveis em cinco bairros foram abandonados por conta dos problemas.

A mina 18, localizada na área do Mutange, foi desocupada, e a Defesa Civil aconselha que pessoas e embarcações evitem a região.

Seis escolas da rede pública de Maceió foram designadas para abrigar aqueles que precisaram deixar suas residências, incluindo animais de estimação.

A Prefeitura de Maceió estabeleceu um Gabinete de Crise para monitorar a situação, publicando boletins atualizados em coordenação direta com a força-tarefa dos bairros afetados.

A Justiça Federal determinou a inclusão da área do Bom Parto no programa de realocação da Braskem com base no mapa de risco de afundamento dos bairros atualizado pela Defesa Civil nesta quinta-feira.

A Prefeitura está em comunicação constante com diversas entidades, incluindo representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública do Estado de Alagoas, Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Polícia Militar de Alagoas, Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, Secretaria de Estado da Segurança Pública, Equatorial Energia Alagoas e Algás.

O que diz a Braskem?

A Braskem informa que, em decorrência do registro de microssismos e movimentações de solo atípicas pelo sistema de monitoramento, paralisou suas atividades na Área de Resguardo. Tais registros estão concentrados em um local específico, dentro das áreas de serviço da companhia, nas proximidades da Av. Major Cícero de Goes Monteiro.

A área, que já estava com algumas atividades paralisadas para evitar interferência na coleta de dados, foi isolada preventivamente e em cumprimento às ações definidas nos protocolos da companhia e da Defesa Civil. Essa é uma medida preventiva enquanto se aprofunda a compreensão da ocorrência.

A Braskem segue acompanhando de forma ininterrupta os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil Municipal.

< 'Reconheço erros', diz ex de Naiara Azevedo após acusações Aves compradas ilegalmente no Rio são apreendidas pelo Ibama e PF <