Mísseis iranianos são lançados contra Israel em novo ataque

O Irã lançou dezenas de mísseis contra Israel nesta terça-feira (1), em resposta ao assassinato de líderes do Hezbollah e Hamas. O ataque, que ocorreu em duas ondas, fez soar sirenes de alerta em várias cidades, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.

Os iranianos declararam que essa seria apenas a primeira de uma série de ações retaliatórias. O governo israelense afirmou que retaliará "no momento certo", enquanto a ONU expressou preocupação com a escalada do conflito.

A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã confirmou a autoria do ataque, disparando cerca de 200 mísseis em duas ondas contra o território israelense. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém, sendo que parte dos projéteis foi interceptada pelos sistemas de defesa israelenses, de acordo com fontes locais.

Sirenes de alerta soaram por volta das 20h (horário local), e os ataques cessaram pouco mais de uma hora depois. Segundo as autoridades israelenses, não houve feridos.

O governo de Israel emitiu um comunicado afirmando que os cidadãos poderiam deixar os abrigos, pois não eram esperados novos ataques no momento. Ainda assim, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, declarou que haverá retaliação em resposta ao ataque.

Segundo as autoridades israelenses, não houve feridos

O Irã alegou que 80% de seus mísseis atingiram seus alvos, embora não tenha fornecido mais detalhes sobre os danos causados. Relatórios da inteligência americana indicam que duas bases militares israelenses e um centro de inteligência estavam entre os possíveis alvos dos mísseis iranianos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação com o aumento da violência na região e pediu por um cessar-fogo imediato, alertando sobre as consequências de mais escaladas.

Apoio dos Estados Unidos a Israel

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, orientou as forças armadas americanas a prestar suporte na defesa de Israel, incluindo a interceptação de mísseis direcionados ao país. Biden também cancelou compromissos oficiais para tratar da crise, afirmando que os EUA responderão severamente a qualquer nova ofensiva iraniana.

Nas regiões periféricas de Beirute, apoiadores do Hezbollah celebraram os ataques iranianos com fogos de artifício, enquanto em Teerã, manifestantes expressaram apoio à ação com bandeiras e carreatas. Israel, por sua vez, fechou temporariamente seu espaço aéreo e interrompeu as operações nos aeroportos, retomando-as após o fim dos ataques.

O governo israelense prometeu que o Irã "pagará um preço elevado" pelos ataques, enquanto a imprensa iraniana relatou que a Universidade de Tel Aviv foi atingida. Israel advertiu que uma resposta virá no momento oportuno.

Diplomacia e novas tensões

A diplomacia iraniana na ONU defendeu o ataque, qualificando-o como uma resposta legítima às ações israelenses, que incluíram o assassinato de cidadãos iranianos e violações da soberania do Irã. Em comunicado oficial, o Irã afirmou que novas ações serão tomadas caso Israel prossiga com suas ofensivas.

Diante desse cenário, os Estados Unidos emitiram um alerta a seus funcionários no Oriente Médio, instruindo-os a buscar refúgio em abrigos.