Morre Brigitte Bardot, aos 91 anos

A atriz francesa Brigitte Bardot morreu neste domingo (28), aos 91 anos. A morte foi confirmada pela fundação criada por ela para a defesa do bem-estar animal. Até o momento, a causa não foi divulgada.

Considerada um dos grandes símbolos do cinema europeu do pós-guerra, Bardot ganhou projeção internacional a partir dos anos 1950, ao se destacar por personagens de comportamento livre e forte apelo nas telas. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão “E Deus Criou a Mulher” (1956), que a lançou ao estrelato, e “O Desprezo” (1963), dirigido por Jean-Luc Godard. Paralelamente à carreira de atriz, ela também gravou discos e obteve sucesso como cantora.

Na década de 1970, Brigitte Bardot decidiu se afastar definitivamente do cinema. A partir daí, passou a viver em Saint-Tropez, no sul da França, e concentrou sua atuação pública na militância em defesa dos animais, causa à qual se dedicou por meio de uma fundação que leva seu nome.

Nos últimos meses, a atriz havia sido internada em outubro e novembro, na cidade de Toulon, para a realização de procedimentos médicos. Na ocasião, chegou a tranquilizar admiradores ao informar que se recuperava bem.

Brigitte em Búzios

Além da trajetória artística, Bardot deixou uma marca duradoura no Brasil, especialmente em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos. As visitas da atriz à cidade, em 1964, foram determinantes para transformar a então vila de pescadores em um destino turístico conhecido no país e no exterior.

Naquele ano, quando Búzios ainda era distrito de Cabo Frio, Bardot esteve no local em duas ocasiões. A primeira foi em janeiro, quando permaneceu por cerca de quatro meses hospedada em Manguinhos, ao lado do então namorado, o produtor Bob Zagury. A segunda visita ocorreu em dezembro, já cercada por maior atenção da imprensa.

De acordo com o empresário e pesquisador José Wilson Barbosa, a atriz chegou ao Brasil em busca de sossego e encontrou em Búzios um lugar isolado, com pouca infraestrutura e raros comércios.

À época, reportagens descreviam a região como um “paraíso secreto”, expressão que ajudou a consolidar a imagem do balneário, fortemente associada ao nome de Brigitte Bardot.