Morte de influenciadora traz alerta sobre perigo ao engasgar

A morte da influenciadora e ativista da moda inclusiva para pessoas com deficiência de 29 anos, Izabelle Palma, conhecida como Belly, nesta segunda-feira (29) após sofrer um engasgo seguido de uma parada cardiorrespiratória na última sexta-feira (26), alerta sobre como o sufoco pode ser fatal.

"É com imenso pesar que comunicamos o falecimento da nossa amada, querida amiga e companheira de jornada, Belly", diz o texto, que continua: "Belly sofreu um engasgo seguido de uma parada cardiorrespiratória na última sexta-feira. Todos os primeiros socorros foram prestados e conseguimos levá-la ao hospital, onde ela seguiu internada até hoje, segunda-feira (29/08/2022), quando veio a óbito por Morte Encefálica”.

Izabelle nasceu com uma má-formação na medula espinhal, também conhecida como mielomeningocele, um problema na formação da coluna vertebral que se manifesta logo nas primeiras semanas de gestação. Belly usava cadeira de rodas devido a essa condição e chegou a passar por mais de 35 cirurgias ao longo da vida, como contava em seu site. 

Engasgo: o que é?

A sigla médica para a situação é OVACE (obstrução das vias aéreas por corpo estranho). O engasgo é uma manifestação do organismo para expelir alimento ou objeto que toma um “caminho errado”, durante a deglutição, o ator de engolir. 

Ele é considerado uma emergência, e em casos graves, pode levar a pessoa à morte por asfixia ou deixá-la inconsciente por um tempo. Sendo assim, a recomendação é agir rapidamente para evitar complicações.

Como agir

Uma das maneiras de agir em caso de engasgo que o Ministério da Saúde orienta é com a Manobra de Heimlich. A recomendação é que uma pessoa se posicione por trás e enlace a vítima com os braços ao redor do abdome (se for uma criança, ajoelhe-se primeiro), caso ela esteja consciente.

Uma das mãos permanece fechada sobre a chamada “boca do estômago” (região epigástrica). A outra mão comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “boca do estômago” para dentro e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão. Faça movimentos de compressão para dentro e para cima (como uma letra “J”), até que a vítima elimine o corpo estranho.

Para casos envolvendo bebês, ele deve ser colocado de bruços em cima de um braço e receber cinco tapinhas no meio das costas.

Depois, com o bebê de barriga para cima, efetue mais cinco compressões sobre o esterno (osso que divide o peito ao meio), na altura dos mamilos.

Vale tentar visualizar o corpo estranho e retirá-lo da boca delicadamente. Se não conseguir, deve-se repetir as compressões até a chegada a um serviço de emergência (pronto socorro ou hospital).

Esses procedimentos são válidos somente se a criança ou o adulto engasgado estiverem conscientes. Vítimas inconscientes precisam de atendimento hospitalar rapidamente. Os primeiros socorros para asfixia ou engasgo devem ser tomados até que seja possível o atendimento especializado.