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Niteroiense à espera de socorro começa a ser alimentada
Resgate de jovem será retomado pela manhã na Indonésia
Montanhistas mobilizados para o resgate de Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu uma queda durante uma trilha guiada no vulcão Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, conseguiram finalmente alcançá-la. A informação foi confirmada por sua irmã, Mariana Marins. Natural de Niterói, no Rio, Juliana aguardou por mais de 16 horas até a chegada da equipe de salvamento. O prefeito da cidade, Rodrigo Neves, usou as redes sociais para se pronunciar sobre o caso.
De acordo com Mariana, a família foi informada pela embaixada brasileira de que Juliana havia sido alimentada e estava com os sinais vitais estáveis. Na Indonésia, já passava das 21h de sábado (21) quando os trabalhos de resgate tiveram início. A retirada da jovem, no entanto, só deve ser retomada na manhã seguinte, por conta das condições do terreno.
“O montanhista chegou até ela e a equipe de resgate conseguiu descer. Deram comida, água. Ela está estabilizada e viva — é o que sabemos até agora. Vão colocá-la na maca assim que for possível”, relatou Mariana ao g1.
Juliana está em meio a um mochilão pela Ásia, com passagens por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia. A trilha no Monte Rinjani foi feita com o apoio de uma empresa de turismo local.
Após a queda, a jovem foi parar a cerca de 300 metros da trilha principal. Por volta das 5h (horário de Brasília), turistas que estavam no local informaram à família que ela poderia ter escorregado ainda mais em direção a um penhasco.
Prefeito de Niterói cobra autoridades
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, usou suas redes sociais na manhã deste sábado para comentar sobre o resgate da publicitária.
Segundo o político, ele está acompanhando o caso desde as primeiras horas do dia e tem mantido contato direto com a Embaixada do Brasil no país asiático. Rodrigo afirmou que está cobrando providências das autoridades locais para que o resgate seja realizado com a máxima urgência.
Em im vídeo publicado em seu Instagram, o prefeito relatou que recebeu uma ligação do embaixador brasileiro informando que equipes já haviam conseguido alcançar Juliana e iniciavam os trabalhos de retirada do local de difícil acesso.
“Seguimos em oração e com esperança de que tudo termine bem. Continuaremos acompanhando de perto a situação”, afirmou Rodrigo Neves.
O acidente
Tudo ocorreu na noite desta sexta-feira (20), por volta das 19h (horário de Brasília), equivalente às 5h da manhã no horário local. Equipes de resgate foram acionadas e chegaram à região às 4h30 (horário de Brasília), ou 14h30 no horário da Indonésia. No entanto, as condições do terreno dificultaram o acesso ao ponto onde Juliana se encontra, e socorristas ainda não conseguiram alcançá-la.
Inicialmente, esperava-se que uma equipe de montanhistas chegasse por volta das 9h (horário de Brasília), mas a família foi informada que o resgate ainda levaria ao menos duas horas a mais. “Disseram que chegariam em 90 minutos. Já se passaram três horas além desse prazo. Mais de 14 horas de espera por socorro não é normal. E se ela morrer por falta de apoio?”, questionou a irmã, visivelmente preocupada.
Comunicação via redes sociais
A família foi informada do ocorrido cerca de três horas após a queda, quando turistas espanhóis que também participavam da trilha encontraram o perfil de Juliana em uma rede social e passaram a enviar mensagens para diversos contatos, até localizar uma amiga em comum entre as irmãs.
Por meio de drone, também gravaram imagens que mostram Juliana aparentemente assustada, mas consciente. Esses vídeos foram encaminhados à família via WhatsApp, o que ajudou a confirmar sua identidade.
“Aqui, ela está sem sinal de celular, porque o pacote de internet contratado não funciona naquele local”, explicou Mariana. “Eu fiquei sabendo pelo Instagram.”
Juliana está em viagem pela região desde fevereiro e já passou por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã.
A Embaixada do Brasil em Jacarta confirmou que acompanha o caso de perto e está em contato com os familiares. Em nota enviada ao jornal O Globo, o órgão informou que, embora Juliana ainda esteja isolada na área da queda, ela permanece consciente e consegue movimentar os braços e as pernas.
Monte Rinjani
Localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, o Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto do país, com 3.726 metros de altitude. Imponente e ainda ativo, o vulcão é um dos principais pontos turísticos da região, especialmente entre os amantes de trilhas e montanhismo.
O Rinjani integra o Parque Nacional Gunung Rinjani, uma área de preservação ambiental que abriga florestas tropicais, fauna nativa e formações geológicas impressionantes. No interior de sua cratera se encontra o lago Segara Anak, de águas azul-turquesa, considerado sagrado por comunidades locais. No centro do lago há ainda um cone vulcânico secundário, o Gunung Baru Jari, responsável por atividades eruptivas recentes.
Apesar de menos conhecido que outros destinos indonésios, como Bali ou o Monte Bromo, o Rinjani tem ganhado popularidade entre turistas mais aventureiros. A subida ao cume, no entanto, é considerada uma das mais exigentes do arquipélago. O trajeto, que pode levar de dois a quatro dias, apresenta terrenos íngremes, solo arenoso e clima instável, exigindo bom preparo físico e acompanhamento profissional.
A trilha é, ao mesmo tempo, desafiadora e recompensadora. Quem alcança o topo é presenteado com uma vista panorâmica das ilhas vizinhas e do mar que cerca o arquipélago. Por suas características únicas, o Monte Rinjani tem se consolidado como um destino de alto risco e alta recompensa para quem busca experiências intensas em meio à natureza indonésia.


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