Brasil & Mundo
Número de famílias com dívidas cresce no país
Pelo quinto mês consecutivo, aumentou o número de famílias brasileiras enroladas em dívidas. O percentual alcançou 62,2% em novembro deste ano. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, foi divulgada nesta segunda (4).
No mesmo período do ano passado, o indicador alcançava 59,6% do total de famílias. A economista Marianne Hanson, da CNC, diz que “a taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo elevado em relação à capacidade de pagamento”.
A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável em 10,1% entre outubro e novembro, embora tenha apresentado alta em relação aos 9,5% de novembro do ano passado.
O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,2 dias em novembro deste ano, superior aos 63,3 dias de novembro de 2016. “Em média, o comprometimento com as dívidas das famílias foi de 7,1 meses, sendo que 32,3% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 23,8% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas”, apurou a pesquisa.
Segundo a CNC, para 76,9% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido de carnês (16,7%) e financiamento de carro (10,4%).
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada mensalmente desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.
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