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    Paulo Gustavo: piora é irreversível, aponta boletim médico

    Publicado 04/05/2021 às 20:01 | Autor: Enfoco
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    Publicada às 20h01. Atualizada às 20h50.

    Imagem ilustrativa da imagem Paulo Gustavo: piora é irreversível, aponta boletim médico
    |  Foto: Operador
    Paulo Gustavo permanece no Serviço de Terapia Intensiva. Foto: Juliana Coutinho / Divulgação Multishow

    A equipe médica que acompanha o ator Paulo Gustavo afirmou, na noite desta terça-feira (4), que o paciente se encontra com sinais vitais presentes, apesar do quadro ser considerado como irreversível.

    “Após a constatação da embolia gasosa disseminada ocorrida no último domingo, em decorrência de fístula brônquio-venosa, o estado de saúde do paciente vem deteriorando de forma importante", disse a equipe médica em comunicado oficial.

    Por volta de 20h, a família do artista deixou o hospital particular, no Rio de Janeiro, por meio de acesso lateral. Parentes ficaram na unidade médica ao longo do dia. O empresário Anderson Baumgartner chegou ao hospital no início da noite. Equipes da imprensa permanecem na frente da unidade.

    Internado desde 13 de março, no Rio de Janeiro, com quadro de Covid-19, Paulo Gustavo permanece no Serviço de Terapia Intensiva.

    A família do ator continua agradecendo todo o carinho e pedindo orações dirigidas ao Paulo Gustavo, assim como as demais pessoas acometidas pela doença.

    Equipes da imprensa permaneceram na frente da unidade médica particular durante o dia. Foto: Vitor Soares

    Niterói mais triste

    A Prefeitura de Niterói, cidade natal do ator Paulo Gustavo, disse que recebe a notícia da irreversibilidade do quadro do ator e humorista, vítima da Covid-19, com muita tristeza. Ressalta que Paulo sempre buscou valorizar a cidade, que ele tanto ama, em seus grandes trabalhos.

    "A divulgação que ele fez de Niterói tem um valor inestimável. Diversas vezes se mostrou preocupado e engajado na luta contra o novo coronavírus e no apoio aos mais vulneráveis. Muita força a todos os amigos e familiares e vamos continuar com pensamento positivos", finaliza.

    O que é a embolia?

    A embolia gasosa é quando ocorre a entrada de ar dentro da veia do paciente, conforme ensina o médico intensivista Ulisses Melo. "Embolia é um êmbolo que se desloca na veia e vai parar no pulmão, seja ele ar, como uma bolha de ar dentro do sangue, ou êmbolo de gordura, ou de um trombo, que é um sangue coagulado. Esse êmbolo de ar dentro da veia caminhou pelo organismo e foi até o cérebro. Eu não tive acesso a essas informações mais precisas, mas é isso que está compreendido".

    Ele não entrou em detalhes sobre a situação de Paulo Gustavo, uma vez que não participa da equipe médica que cuida do ator. Mas diz que o que pode ter ocorrido foi a entrada de quantidade de ar significativa no organismo do artista.

    "Não tenho o caso para dizer a origem e a evolução. Estamos usando artifícios a partir do que foi divulgado. É difícil medir. E dependendo da onde foi, o cérebro é muito caprichoso. Às vezes áreas pequenas, mas muito nobres, sofrem danos irreversíveis", continua.

    A fístula brônquio-venosa é um tipo de abertura que ocorre entre os pulmões e as veias. Já a embolia é um tipo de obstrução pelo acúmulo de material (sangue, ar, liquido amniótico) trazido pela corrente sanguínea (êmbolo). Segundo especialistas, no caso da embolia pulmonar, ela se dá pela obstrução de uma artéria do pulmão.

    O médico Ulisses descartou a ligação da Covid-19 com a embolia gasosa. Ele atrelou a situação, às complicações relacionadas à doença.

    "Provavelmente é um caso específico deste paciente, por conta de complicações inerentes a gravidade da doença que ele teve. Poderia ter evoluído com outros tipos de problemas relativos. Não está relacionado à Covid, mas sim as complicações, como hemorragia pulmonar, dentre outros".

    Tratamento

    Segundo o médico Ulisses Melo, também membro titular da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), para um tratamento adequado da embolia gasosa, é preciso tentar identificar logo.

    "Às vezes ela ocorre por um período e é autolimitada, ou seja, se fecha. Mas na presença de um ato contínuo, que as vezes é difícil diagnosticar - antes do evento catastrófico, que é a embolia, você não consegue perceber. O evento acontece e o médico se depara. E não vê e trata antes. É muito raro", acrescenta.

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