Apuração
Polícia vai intimar Neymar a depor em investigação de agiotagem
Jogador recebeu duas joias que são alvos da operação
A Polícia Civil do Distrito Federal comunicou, nesta sexta-feira (27), que vai intimar Neymar a prestar depoimento como testemunha em uma operação que investiga um grupo suspeito de agiotagem, receptação de joias, pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
A ação está sendo conduzida pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), e três pessoas já foram presas. De acordo com os agentes, o jogador recebeu duas joias que são alvos da operação.
Contudo a polícia esclareceu que ele não é alvo da operação, somente precisa esclarecer o envolvimento com o grupo e se tinha conhecimento da origem da joia. Os investigados teriam movimentado cerca de R$ 16 milhões, entre 2019 e 2021.
Entre os presos está o suspeito, identificado apenas como Eduardo, que aparece posando em uma foto com o jogador. Os policiais cumpriram mandados de busca em uma joalheria de Taguatinga, em um cassino de poker em Águas Claras e em uma marina da Asa Norte.
Investigado
Eduardo tinha o costume de postar nas redes sociais fotos entregando joias para Neymar. O jogador, inclusive, segue o suspeito nas redes. Além disso, ele também posou com outros nomes do futebol, como Daniel Alves e o francês Kylian Mbappé.
De acordo com a Polícia Civil, uma das fotos publicadas pelo suspeito em fevereiro de 2017 mostra Neymar com uma corrente de diamantes com a seguinte legenda: "A busca de um sonho é a loucura mais exata de realizar'. Quando se trabalha duro em busca do que sonha, se conquista! Ter fé, pois fácil não é nem vai ser. @neymarjr".
Além disso, outras imagens de 2018 também mostram o investigado entregando um anel de ouro para o craque. Na descrição, ele diz: "Mais uma joia feita com muito carinho pra gênio da bola @neymarjr. Obrigado pela atenção e confiança no trabalho!".
"Considerando a indicação robusta de que as joias comercializadas por Eduardo são de origem criminosa, a DRF1/PCDF entendeu que é necessária a colheita da versão do jogador Neymar, na condição de testemunha, a fim de que esclareça, entre outras circunstâncias, se houve efetivo pagamento da corrente e anel de diamantes e se tinha conhecimento do envolvimento do investigado Eduardo com a prática de crimes de agiotagem, extorsão, receptação e lavagem de capitais", disse a Polícia Civil do Distrito Federal por meio de nota.
Alvos da operação
As investigações apontam que os alvos são donos de um cassino de pôquer em Águas Claras, local em que esquemas de agiotagem também ocorriam. A lavagem de dinheiro era feita através de contas bancárias de seis empresas de fachada, em Brasília e Goiânia.
Foi determinado pela polícia a apreensão de um valor de R$ 16 milhões que estava em cinco contas dos investigados, além da apreensão de dois veículos de luxo e uma lancha avaliada em R$ 2 milhões.
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