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    Saiba como é a doença que não deixa Bolsonaro usar calças

    Bactéria, se não cuidada, pode levar à morte

    Publicado 17/11/2022 às 11:20 | Autor: Mendy Ribeiro
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    Erisipela é uma ferida na pele que em alguns casos pode gerar bolhas e feridas
    Erisipela é uma ferida na pele que em alguns casos pode gerar bolhas e feridas |  Foto: Karina Cruz

    O vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), informou nesta quarta-feira (16) que o presidente, Jair Bolsonaro(PL), precisará adiar seus compromissos pois está com uma infecção na perna chamada erisipela.

    O ENFOCO conversou com um infectologista para entender os riscos desta bactéria e quais são os cuidados necessários. 

    Alguns casos da doença podem gerar bolhas e feridas, que causam dor, vermelhidão e inchaço

      

    Erisipela é uma doença causada geralmente por bactérias do grupo das gram positivas, como estreptococos e estafilococos. Essa bactéria invade o organismo através de uma lesão na pele, e normalmente acomete os membros inferiores, como pernas e pés, já que é uma região onde as feridas, portas de entrada para bactérias, são mais comuns e também por áreas com micoses.  

    Os sintomas são febre alta, tremores, mal-estar, náuseas e vômitos. Entretanto, como a erisipela é uma erupção na pele, em alguns casos pode gerar bolhas e feridas que causam dor, vermelhidão e inchaço. 

    O infectologista com residência na UERJ, José Antônio Pozza, de 39 anos, explicou que geralmente o diagnóstico é feito durante o exame clínico, considerando a apresentação dos sintomas e lesões. Em casos mais graves podem ser coletadas amostras de sangue para tentar identificar a bactéria causadora. 

    “Apesar de geralmente ser uma doença localizada, ela pode se disseminar pelo organismo causando trombose de vasos, abscessos e infecção disseminada, podendo levar à morte", explicou. 

    Já o tratamento é feito com antibióticos, na maioria das vezes por via oral, podendo ser necessário tratamento venoso em casos mais graves. Também é recomendado repouso e elevação do membro infectado. 

    Um alerta importante é para as pessoas com diabetes, pois podem ter alterações em vasos pequenos da perna que favorecem o desenvolvimento de infecções por prejuízo da circulação do membro. Outro grupo de risco são os de pessoas com problemas de imunidade, seja por doença ou por algum tratamento, que muitas vezes não têm a capacidade de combater as infecções prejudicadas. Os obesos, pacientes com doença hepática e gestantes também devem se atentar aos riscos. 

    O especialista informa também que a melhor forma de prevenir a doença é controlar os fatores de risco como perda de peso e controle da glicose. Além de manter a pele sempre limpa e seca, para evitar áreas de micose e também facilitar cicatrização de possíveis feridas. 

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